Bola pra frente
Na semana passada, bati o pé afirmando que o Tupi deveria ter feito um maior esforço pela permanência de Aílton Ferraz e aposta em um planejamento a longo prazo. Até ressaltei que era dito à “boca pequena” que a última oferta do clube era inferior ao que o treinador recebia na temporada passada, informação que foi confirmada posteriormente por Aílton e pelo gerente de futebol do Carijó, Nicanor Pires, em entrevista ao programa Mesa Quadrada, disponível no site da Tribuna. Ainda acho que, pelo que fez na Série C, Aílton valeria uma loucura financeira, mas tento entender o argumento de que o Tupi precisa retomar teto salarial previamente definido e extrapolado no segundo semestre de 2017.
A despeito do desfecho da negociação com Aílton, gostei de alguns aspectos abordados por Nicanor. O melhor deles é o intuito de montar uma equipe visando toda a temporada, deixando de lado prática adotada em anos anteriores, quando se montava um time para o Mineiro e outro para o Brasileiro. Com uma base formada para todas a competições do ano, no entanto, é importante que se dê tempo para que o futuro de treinador possa implantar uma filosofia a ser colhida no segundo semestre. Assim, o sonho de retornar à Série B pode permanecer vivo e acessível.
Sobre o novo técnico, o clube já estaria em conversas avançadas com um nome – Alexandre Barroso é pule de dez. Não conheço o trabalho do treinador, admito. Contudo, caso recebe um projeto sério, não tenho dúvidas de que poderá desempenhar um bom trabalho, sem ter que tirar leite de pedra como vimos Aílton fazer na temporada passada.