Mulher é presa por suspeita de recrutar e coagir eleitores em Argirita
Suspeita fornecia cartões de vacinação, com endereços falsos, em troca de cestas básicas para que os eleitores transferissem seus títulos para o município
Por suspeita de crime eleitoral, que envolve alistamento de eleitores de forma fraudulenta e coação, uma mulher de 39 anos foi presa preventivamente na manhã desta terça-feira (6) pela Polícia Civil. O caso aconteceu em Argirita – cidade a cerca de 55 quilômetros de Juiz de Fora -, na Zona da Mata.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram em abril de 2024, após uma requisição do Ministério Público. As apurações revelaram que a suspeita recrutaria pessoas de Leopoldina para transferirem o título de eleitor para Argirita. O delegado responsável pelo caso, André Luis Dias Lima, afirma que isso seria feito mediante o fornecimento de cartões de vacinação com endereços falsos, em troca de cestas básicas.
Além disso, no curso do processo, a suspeita ainda teria tentado coagir testemunhas, oferecendo dinheiro para que alterassem seus depoimentos e trocassem seus celulares, que conteriam conversas comprovando os crimes, por novos aparelhos.
Durante a ação, foram cumpridos também quatro mandados de busca e apreensão nos bairros Cohab, Centro e Pôr do Sol, conforme a Polícia Civil. As buscas ocorreram em endereços ligados a outros três investigados por envolvimento no crime: uma mulher de 37 anos e dois homens, um de 27 e outro de 70 anos.