UFJF e IF Sudeste MG decidem por indicar saída unificada da greve

Informação foi confirmada pela Associação dos Professores do Ensino Superior (Apes); a princípio técnicos administrativos em educação (TAEs) continuarão parados


Por Pâmela Costa

21/06/2024 às 10h22- Atualizada 21/06/2024 às 13h48

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Estudantes da UFJF estão sem aulas desde 15 de abril devido à greve (Foto: Felipe Couri)

Os professores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e do Instituto Federal (IF) Sudeste decidiram indicar a saída unificada da greve que já perdura há mais de dois meses. A Associação dos Professores do Ensino Superior (Apes) informou que expectativa é que ocorra uma saída unificada entre os dias 26 de junho e 3 de julho.

De acordo com a diretora da Apes, Joana Machado, na próxima quarta-feira (26), haverá uma assembleia com a seção sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) já para sinalizar a possível finalização da greve. Na data, o fim da greve deverá ser votado. “Para nós é muito importante que seja uma saída unificada, ou seja, em uma mesma janela temporal”, disse ela à reportagem.

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Ainda sim, os Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) permanecerão com as atividades interrompidas, pois, conforme enfatiza o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação (Sintufejuf), Flávio Sereno, as decisões da categoria são independentes. Não tendo relação direta uma com a outra.

No nosso caso é o contrário, o nosso Comando Nacional orientou continuar a greve, e a maioria das assembleias respondeu que concorda e que, portanto, deve manter a greve”, afirma Flávio. Os TAE’s realizam reuniões semanais, o que indica também que caso uma nova direção para a greve pode ser debatida.

IFs também devem encerrar greve

Além dos professores da UFJF, os dos Institutos Federais de Juiz de Fora, Muriaé e Santos Dumont concordaram que é preciso organizar a saída da greve. O próximo passo agora é repassar o posicionamento ao Comando Nacional dos professores, que a partir disso vai avaliar a indicação das assembleias de todo o país.  

Embora a saída da greve esteja sinalizada na região, Joana Machado observa que as reinvindicações não foram acatadas pelo Governo federal, que fez contrapropostas insuficientes. As mobilizações buscavam recomposição orçamentária, revogação de medidas “autoritárias e deletérias” para a educação, recomposição salarial e carreira.

‘Intransigente e antissindical’

Na visão da Diretora da Apes-JF, os objetivos da greve foram “encarados de forma intransigente e antissindical” pelo Governo. Mesmo que os objetivos não tenham sido alcançados, porém, chegou a hora da saída unificada. 

“A construção da saída unificada se faz importante para manter a unidade e a integridade do movimento frente aos desafios não superados no contexto de greve, com destaque para a disputa do fundo público com implicações imediatas na Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual”, explica Joana.

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