Com escola de JF, Minas lidera ranking de desempenho no Enem por três anos seguidos
Segundo dados do Inep, os alunos de Minas Gerais protagonizaram o exame entre 2020 e 2022; instituição local destaca adaptação na pandemia
Entre 2020 e 2022, Minas Gerais ocupou a liderança no ranking de desempenho médio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), principal porta de entrada para as universidades públicas do país. Os dados são do Serviço de Acesso a Dados Protegidos (Sedap) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e foram obtidos e divulgados pelo jornal Globo. Além de Minas, com 561,15 pontos de média, completam o top 3 nacional o Distrito Federal (560,08) e o Rio de Janeiro (554,27).
O balanço faz parte da pesquisa “Análise da evolução e disparidades nas notas do Enem”, promovida pela edtech AIO Educação, de autoria dos pesquisadores Paulo Vivas, Murilo Vasconcelos e Mateus Prado. Nele, também há o ranking por estado. No caso das notas das instituições de ensino mineiras, o Colégio Apogeu aparece na 10ª posição – além da 48ª na tabela nacional.
Diretor-geral da Rede de Ensino Apogeu, Markeley Arimatéia destacou, em entrevista à Rádio Transamérica Juiz de Fora, a celeridade na adaptação da forma de ensino durante a pandemia como um dos principais motivos da alta média de pontuação dos alunos no Enem.
“O grande diferencial no Apogeu foi realmente a velocidade na transformação. A gente fechou na quarta-feira, e quando foi na segunda-feira, a gente já estava com o projeto on-line funcionando. Foram quatro dias. Conseguimos virar e eu acho que uma sacada muito forte que a gente teve foi perceber que não adiantava simplesmente transmitir aula on-line, não adiantava eu pegar aquelas quatro, cinco horas que o aluno ficava na escola e querer transferir exatamente da mesma forma para o vídeo, para a gravação. Então a gente criou um projeto que ele evoluiu ao longo de 2020 e se consolidou em 2021, que a gente chamou de movimento híbrido de aprendizagem”, avaliou o diretor.
“Focamos em uma proposta que tinha quatro pilares. A questão das aulas gravadas, então eu tinha o conteúdo à disposição do aluno pra ele poder acessar no momento que ele quisesse. Com isso eu tirei a obrigatoriedade de ele ter que ficar quatro horas específicas olhando pra tela preso à sala de aula. Junto com isso, a gente entrou com um momento síncrono, que a gente chama um momento on-line ao vivo. Ao invés das quatro horas, reduzimos o dia para entre uma e duas horas em pílulas de no máximo meia hora dos professores. Com isso, eu tornei o contato com ele mais efetivo, mais saudável e nesses momentos o que eu fazia? Eu provocava ele justamente a saber se ele tinha estudado, quanto e como ele tinha estudado; e, por último, muito preocupado com a questão do socioemocional, do momento que ele estava vivendo em casa, com toda a questão que ele estava vivendo naquele momento”, complementou Markeley.
Ainda de acordo com o profissional, o processo teve a orientação individual como outro pilar. “Peguei parte dos professores que já tinham gravado as aulas e que estavam disponíveis, porque a gente diminuiu a carga horária, e esses professores passaram a atender individualmente os alunos. Cada grupo, de 3 a 5 alunos, tinha o seu monitor que atendia eles.”