Santa Casa de JF: História entrelaçada à vida dos juiz-foranos
PUBLIEDITORIAL
Presidente da instituição, o médico Renato Loures conta um pouco da história e de sua dedicação a pacientes e colaboradores
Vocacionada em cuidar. Com essa missão, nascia em 1854 a Santa Casa de JF no então arraial de Santo Antônio do Paraibuna, hoje Juiz de Fora. Importante parada do Caminho Novo, quatro anos antes, foi alçado ao posto de município. A Santa Casa tem sua história entrelaçada ao nome de Juiz de Fora, sendo a mais antiga instituição de saúde da cidade. Ao longo dos anos, esteve presente em episódios cruciais como os da cólera e da gripe espanhola, sendo fundamental na manutenção de vidas.
Em 2020, não está sendo diferente. A pandemia da Covid-19 é combatida dia a dia no hospital. Prova de sua contribuição para a assistência e o cuidado à população. Rico e piedoso, José Antônio da Silva Pinto, conhecido como Barão da Bertioga, veio residir em Juiz de Fora. Preocupado com a saúde dos desfavorecidos, ele comprou um terreno perto de sua residência e ali fundou a Santa Casa. A consolidação da Santa Casa é sinônimo de uma empresa que acredita e investe em Juiz de Fora. Transforma a realidade de seus moradores, preserva parte da memória da cidade e constrói a história.
Desde então, nomes importantes vieram contribuindo para a história da instituição, atualmente presidida pelo médico Renato Villela Loures, eleito uma das “100 pessoas mais influentes da saúde no Brasil” pelo Grupo Mídia, empresa responsável pelas revistas “Healthcare Management”, “HealthARQ” e “Health-IT”.
Décadas de dedicação
Nascido em Juiz de Fora, Renato Loures dedica-se há quase 50 anos à instituição e tem seu pai, Renato de Carvalho Loures, que também foi pediatra, como inspiração. Os corredores da Santa Casa de JF já faziam parte de sua adolescência e hoje carregam boa parte da sua história de vida. “Passei no vestibular entre os 16 e 17 anos e, aos 22, me formei em medicina, em 1971. Segui a mesma carreira do meu pai e aqui foi onde o vi atuar”, conta ele, que estudou medicina na UFJF e sua formação na UFRJ. Em 1976, assumiu a coordenação da Residência Médica em Pediatria, e, em 1989, a coordenação da chefia do Departamento de Pediatria, cargo que ocupou por mais de três décadas.
Ao longo dos anos, foi aprendendo outras aptidões e assumindo diversos outros cargos até chegar à presidência da Santa Casa, em 2010. “Exercendo praticamente todos os cargos dentro da instituição, eu conhecia os melindres e, por isso, fiz diversos cursos para estar preparado para tocar uma das maiores empresas de Juiz de Fora”, ressalta Dr. Renato.
Desde que assumiu o comando da Santa Casa de JF, ele tem como principal desafio melhorar o faturamento, além de renovar equipamentos e infraestrutura. Sendo uma instituição filantrópica, ao longo dos seus 166 anos, a Santa Casa já passou por muitas dificuldades. Com uma gestão baseada em excelência, Loures frisa a importância das consultorias para, nos últimos dez anos, alçar a Santa Casa a patamares jamais alcançados. “Muitas vezes criticado, pois as consultorias são caras, eu segui quebrando paradigmas e transformando a Santa Casa, cuja folha de pagamento gira em torno de R$ 150 milhões, em uma das maiores empresas de Juiz de Fora. Fizemos cursos de processos financeiros, gestão de pessoas, apostamos em inovações e, claro, investimos no nosso colaborador para que ele tenha satisfação de estar aqui”, aponta o presidente.
Nos últimos dez anos, foram aplicados R$ 75 milhões em vários setores, medidas que fazem da instituição uma empresa moderna e referência como prestadora de serviços em Minas e no Brasil. “Somos uma entidade filantrópica e temos uma gestão com objetivos claros e metas bem definidas. Quando assumi, o hospital estava degradado. Atendemos ao Sistema Único de Saúde (SUS) e, desta forma, acumulamos um déficit de R$ 27 milhões. Apesar disso, sempre acreditei numa gestão pautada na qualidade. Contrariando interesses, seguimos fazendo mudanças contínuas para manter a Santa Casa no cenário nacional. Isso é resultado de uma equipe, pois ninguém faz nada sozinho”, dispara.
Hospital sem papel
Baseado em uma cultura constante de melhorias, Dr. Renato tem entre suas metas para o futuro tornar a Santa Casa de JF um hospital sem papel, com seus processos totalmente on-line. Investimento que só é possível graças a todos os passos já alcançados com muito trabalho e que deram à Santa Casa certificação máxima na ONA, ISO 9001 versão 2015, certificação de Hospital de Ensino e certificação de Hospital Amigo da Criança. “Seguimos na busca pela conquista do selo da Acreditação Internacional Dias Niaho, em 2022. Está também entre os planos tornar a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora um dos dez melhores hospitais do Brasil. “Já somos a maior transplantadora de Minas Gerais e a décima do país.”
Inovação em saúde
“Acima de tudo, contamos com profissionais humanos capacitados e com a melhoria dos processos para salvar vidas. Somos referência no tratamento humanizado, desde o momento que nossos pacientes são recebidos na portaria. A atualização constante garante ao paciente segurança e acolhimento. Tudo isso associado à tecnologia de ponta para melhor servir”, reforça Dr. Renato. A instituição criou um Departamento de Inovação Tecnológica, que visa criar e acelerar startups ligadas à área de saúde para otimizar todos os processos desenvolvidos no interior da unidade.
“Nossas UTIs não ficam a dever para nenhuma outra, e não há igual no país. Nosso dever é atender aqueles que mais precisam, que mais necessitam e que nos buscam em momentos de maior necessidade, como agora na pandemia. Aqui todos têm o melhor acolhimento”
Dr. Renato Loures
Presidente da Santa Casa
Atendimento público com qualidade
Com 520 leitos, cerca de 2.600 colaboradores e 850 médicos, a Santa Casa de JF conta com 70% de seus procedimentos dedicados ao Sistema Único de Saúde. Em 2019, como parte de seu processo de expansão, já havia ampliado o número de leitos e, durante a pandemia da Covid-19, está preparada para receber a grande demanda de pacientes em UTIs de isolamento voltadas principalmente ao SUS.
Essencial durante a pandemia, o SUS deveria ser muito valorizado de acordo com Dr. Renato Loures, lembrando o atentado ao então candidato e hoje Presidente da República Jair Bolsonaro. Pelo procedimento, o Sistema Único de Saúde pagou R$ 367,06 para a equipe médica e R$ 1.090,80 para o hospital pelo “tratamento cirúrgico de lesões vasculares traumáticas do abdômen”, e o Presidente foi integralmente atendido. “Nossas UTIs não ficam a dever para nenhuma outra, e não há igual no país.
Nosso dever é atender àqueles que mais precisam, que mais necessitam e que nos buscam em momentos de maior necessidade, como agora na pandemia. Aqui todos têm o melhor acolhimento.”
Dr. Renato Loures é um dos únicos empresários de Juiz de Fora que possui curso de Strategic Leadership for Corporate Longevity in Dynamic Environments da Universidade de Stanford (EUA). A continuidade dos estudos reflete nos resultados obtidos pela Santa Casa desde que assumiu a presidência. Questionado, ele não titubeia em responder: “O segredo do sucesso é trabalho, trabalho e dedicação”.
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