Falta de energia compromete produção de água em JF

ETA Marechal Castelo Branco, responsável pelo abastecimento de cerca de metade da cidade, deixou de produzir 17% do volume médio


Por Vívia Lima

07/11/2019 às 19h44- Atualizada 07/11/2019 às 21h17

De 8h até às 18h desta quinta-feira (7), a Estação de Tratamento de Água (ETA) Marechal Castelo Branco, responsável pelo abastecimento de cerca de 50% de Juiz de Fora, deixou de produzir nove milhões de litros de água devido à falta de energia elétrica. De acordo com a Cesama, ainda pela manhã, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi contatada, mas, até pouco antes das 18h, a situação não estava normalizada. “Havia uma previsão inicial para as 10h, que não foi cumprida. Depois, adiaram para as 16h e até o final da tarde continuava sem funcionar”, afirmou o diretor técnico operacional da Cesama, Márcio Augusto Pessoa Azevedo à Tribuna. A energia foi restabelecida por volta das 18h.

Com isso, a unidade que fica na Represa João Penido apresentou déficit de 250 litros por segundo (l/s) na produção de água, o que representa 17% do volume médio consumido em Juiz de Fora, ou seja, a cada hora, não foram produzidos 900 mil litros d’água. “Energia elétrica é insumo básico no processo de tratamento de água. Cerca de 25% do volume de água produzido nesta estação e aduzido através de bombeamento e o restante por gravidade. Temos ainda um gerador, mas sozinho ele não consegue fazer todos os equipamentos funcionarem. Mesmo com a retomada da energia e até que o funcionamento seja totalmente concretizado, demanda tempo para repor o volume de água que deixou de ser produzido. Ou seja, as pessoas podem ficar sem água por um período “, informou Azevedo.

Diante da falta de energia, a Cesama tinha como alternativa a produção da Estação de Tratamento de Água Walfrido Machado Mendonça (ETA-CDI), localizada no Bairro Distrito Industrial, Zona Norte, que é responsável por cerca de 40% do abastecimento da cidade. A companhia pediu a compreensão dos moradores e solicitou o uso racional do produto.

Em nota, a Cemig informou que, apesar do grande número de serviços emergenciais decorrentes das fortes chuvas que têm atingido a Zona da Mata, o atendimento à Cesama foi priorizado. “No entanto, devido à dificuldade de acesso à rede, o defeito, um cabo rompido, foi localizado às 13h30. Houve necessidade de deslocamento manual do material para o reparo, pois a caminhonete não chegava ao local”, diz o texto enviado pela assessoria. A Cemig reforçou que o restabelecimento ocorreu às 18 horas.

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