Veja algumas dicas para prevenir-se contra a conjuntivite
PUBLIEDITORIAL
Médico do Hospital Albert Sabin esclarece questões sobre a doença e dá dicas de prevenção
Coceira, vermelhidão, secreção e sensação de areia no olho podem indicar sinais de conjuntivite. A inflamação que recobre o “branco do olho” costuma ocorrer mais frequentemente no verão e, segundo a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora, este ano, está havendo um elevado número de notificações de casos na cidade. No Hospital Albert Sabin, por exemplo, só até o dia 19 de março, 155 pessoas foram atendidas na emergência com conjuntivite. Em fevereiro, foram 42 casos e, em janeiro, apenas 11, demonstrando que o cuidado precisa mesmo ser redobrado. O médico do Corpo Clínico do Hospital Albert Sabin, Dr. Frederico Atalla Barletta esclarece as principais questões sobre a doença e como se prevenir.
Os casos mais comuns de conjuntivite podem ser de natureza infecciosa ou alérgica. Dr. Frederico explica que a infecção viral geralmente causa olho vermelho e lacrimejamento, associados à coceira. Já a bacteriana ocorre com olho vermelho, coceira e secreção geralmente esverdeada. A alérgica costuma aparecer com muita irritação, secreção “tipo clara de ovo” e os pacientes apresentam histórico de alergia sistêmica. Em todos os casos, as pessoas acometidas relatam que “parece ter areia nos olhos”, junto com ardência e dor ocular associadas. Sempre é necessária a avaliação do oftalmologista para diferenciar os casos, que nem sempre são facilmente diagnosticados.
Segundo Dr. Frederico, “pessoas que atuam diariamente em contato com muitas outras geralmente estão mais predispostas a contrair a doença”, pois a transmissão ocorre através do contato direto com secreções, sejam elas oculares ou até respiratórias e, no caso de alguns vírus, através de perdigotos. “O grande problema é que, em alguns tipos de vírus, as partículas virais podem sobreviver em superfícies secas por semanas, favorecendo a disseminação”, explica. Por isso, é sempre importante adquirir o hábito de lavar as mãos com frequência e evitar esfregar os olhos, principalmente com as mãos sujas, para impedir a contaminação e a propagação da doença. Se alguém do seu convívio pessoal tiver contraído conjuntivite, separe os utensílios pessoais, como toalhas, roupas de cama e evite contato direto com as secreções.
Dr. Frederico explica que o tratamento é feito por meio de colírios lubrificantes, colírios anti-inflamatórios e, nos casos de infecções bacterianas, com colírios antibióticos. Compressas geladas ajudam a aliviar os sintomas e um repouso relativo ajuda o sistema imunológico a combater a doença. Se você estiver doente, é importante que se afaste do trabalho por um período médio de 7 dias para se recuperar e evitar a propagação da doença.
A conjuntivite infecciosa é uma doença que tem um período limitado e determinado,que geralmente não gera sequelas. Mas, em alguns casos, Dr. Frederico explica que “podem ocorrer membranas nas conjuntivas, que são dolorosas para retirar e deixam cicatrizes, além de infiltrados corneanos, que podem atrapalhar a visão. Complicações na córnea também podem ocorrer e devem sempre ser acompanhadas pelo oftalmologista. ”
Fique atento aos sintomas e não hesite em procurar um médico. Se precisar, conte sempre com a equipe do Hospital Albert Sabin.