Porsche Panamera 4 E-Hybrid começa a ser vendido no Brasil
A nova geração do Porsche Panamera chegou ao Brasil em fevereiro, mas só agora chega às lojas sua configuração mais sustentável. Trata-se da 4 E-Hybrid, que é equipada com dois motores: um a combustão e outro elétrico. Este é o segundo modelo que a marca traz ao país com esse tipo de tecnologia – o primeiro foi o Cayenne – e que combina duas características valorizadas no mercado automotivo: alta performance e eficiência energética.
O motor a combustão que equipa o Porsche Panamera 4 E-Hybrid é um V6 biturbo de 2.9 litros com quatro válvulas por cilindro, que entrega 330 cv de potência entre 5.250 e 6.500 rpm. O torque máximo de 45,9 kgfm aparece a baixos 1.750 giros e se mantém até 5 mil rpm. Já o propulsor elétrico entrega 136 cv e 40,8 kgfm de torque. Juntos, em modo combinado, geram 462 cv a 6 mil rpm e 71,4 kgfm de torque, sempre entre 1.100 e 4.500 rpm. A tração é integral e o câmbio é automatizado de dupla embreagem e oito velocidades. Com esse trem de força, o Panamera 4 E-Hybrid acelera de zero a 100 km/h em 4,6 segundos e chega à velocidade máxima de 278 km/h.
De acordo com a marca, é possível se movimentar com a força gerada apenas pelo motor elétrico, ou seja, com zero emissão de poluentes. Neste modo, percorre-se até 50 quilômetros de distância, a uma velocidade máxima de 140 km/h. O sistema elétrico do Panamera 4 E-Hybrid pode ser recarregado pelo próprio carro, em desacelerações e frenagens, ou pela tomada elétrica convencional. O carro é vendido com um carregador universal com potência de 3,6 kWh. Em uma tomada doméstica de 220 V com 20 ampères (A), a Porsche garante que o carregamento ocorre entre quatro e oito horas. Opcionalmente, há um carregador com potência de 7,2 kWh que, carrega a bateria em apenas 2 horas.
De série, o Panamera 4 E-Hybrid traz o pacote batizado como Sport Chrono. Nele estão incluídos os modos de direção Sport e Sport Plus. Os modos E-Power, Hybrid Auto, E-Hold e E-Charge são específicos para o uso do motor elétrico. Caso a bateria esteja com carga, a partida se dá sempre puramente elétrico, no modo E-Power. Já no Hybrid Auto, o Panamera alterna e combina automaticamente as fontes de propulsão. O modo E-Hold possibilita a manutenção intencional do estado de carregamento da bateria e o E-Charge promove o carregamento da bateria a partir do motor V6, fazendo com que o propulsor a combustão gere uma potência mais alta do que a necessária.
No interior, chama atenção o novo display Porsche Advanced Cockpit, que chega de série na versão. Ele tem dois displays de sete polegadas, sensíveis ao toque e configuráveis individualmente, que emolduram o tacômetro analógico. Uma diferença na variante 4 E-Hybrid das demais é o Power Meter, display destinado especificamente para a operação híbrida, com tela touch de 12,3 polegadas.
Os preços do Panamera 4 E-Hybrid, no entanto, não animam tanto. Na configuração de entrada, parte de R$ 529 mil. Para a 4 E-Hybrid Sport Turismo, o valor sobre para R$ 542 mil, chegando aos R$ 554 mil na 4 E-Hybrid Executive. Os demais chegam a assustar: o Panamera Turbo S E-Hybrid Sport Turismo custa R$ 1,21 milhão, o Turbo S E-Hybrid sai a R$ 1,23 milhão e o Turbo S E-Hybrid Executive, a R$ 1,24 milhão.
Primeiras impressões
O cupê de quatro portas melhorou em todos os aspectos em relação à geração anterior. Um avanço, sem exagero, impressionante. A versão 4 E-Hybrid promete níveis de eficiência que parecem impossíveis mesmo para um subcompacto com motor 1.0, quando não se sacrifica o desempenho e a esportividade esperados de um Porsche.
Os primeiros quilômetros a bordo do modelo se dão em um cenário urbano de caos: cidade totalmente congestionada. Mas que se mostra o ambiente perfeito para experimentar o modo puramente elétrico do Panamera, que permite rodar até 50 quilômetros de distância. O carro fica ainda mais silencioso – e, portanto, refinado – do que suas variantes com trem de força apenas a combustão.
Na região, é comum ver pelas ruas modelos exuberantes da Mercedes-Benz ou BMW. Mas não tanto os da Porsche. Por isso mesmo, o Panamera se torna um ímã de olhares curiosos e aparência. Na estrada, fica evidente a vocação esportiva, que mesmo uma motorização híbrida não foi capaz de tirar. Seja com o modo Sport ou Sport + ativado, o rugido do seis cilindros invade o habitáculo de maneira instigante e basta pisar no acelerador um pouco mais forte para sentir o arroubo de força. E um Porsche não deve apenas acelerar com vontade, mas também se manter “plantado” ao chão, com solidez, e encarar curvas em alta velocidade. Algo em que o E-Hybrid não decepciona.