Três formas para ser peregrino
O Caminho de Santiago de Compostela normalmente é feito a pé. Mas o trajeto também pode ser feito de bicicleta ou a cavalo. Fazer o percurso jacobeu a cavalo pode parecer muito romântico e nos remeter à Idade Média, porém isso exige planejamento e cuidados diferenciados não só conosco como também com o animal, que será submetido a longas jornadas durante vários dias.
Outra tentação com que muitos peregrinos se deparam é fazer o caminho de bicicleta, mesmo sem nunca ter tido a experiência de andar em uma. Pensam nele pelo fato de não disporem de muito tempo para a empreitada, o que é um erro.
As pessoas que fazem o caminho de bicicleta são chamadas de bicigrinas. Para os que têm familiaridade com a bike – e com isso também queremos dizer experiência para consertos básicos – trata-se de uma modalidade altamente recomendável de peregrinação.
A terceira opção é fazer a pé. Essa modalidade é escolhida por 85% dos peregrinos do Caminho de Santiago. Os bicigrinos representam aproximadamente 13%, e os cavaleiros, pouco menos de 1%.
Independentemente da modalidade escolhida, é preciso planejar as etapas, escolher adequadamente os equipamentos e, de preferência, fazer uma preparação física básica, medidas úteis para tornar o caminho mais prazeroso.
Alguns albergues dão preferência aos peregrinos que caminham. Muitos sequer recebem peregrinos em bicicletas, tampouco cavaleiros, por não terem como garantir a segurança das bicicletas, nem alojamento para os animais, o que é um complicador a considerar.
Para terem direito à Compostela (diploma auferido para quem fez o Caminho de Santiago na qualidade de peregrino), é preciso cumprir a pé pelo menos os últimos 100km da rota; dos que estão de bicicleta ou a cavalo, a Igreja exige pelo menos 200km.