O retrato do caos
Diante das circunstâncias políticas atuais – a pior dos últimos 30 anos -, com um Congresso Nacional composto na sua esmagadora maioria por parlamentares de natureza venal e apátrida, posto que não buscou corrigir as graves e inúmeras distorções existentes na legislação eleitoral, são deveras preocupantes os resultados das eleições previstas para 2016. A rigor, só terão chances de vitória os partidos que forem cuidadosos na escolha dos seus candidatos. Vale dizer: aqueles dirigentes partidários que tiverem a coragem cívica de vasculhar a vida pregressa dos interessados em concorrer antes de lhes garantir a chance de participar do processo, estes só poderão alcançar êxito eleitoral se forem cuidadosos na formação de suas respectivas chapas de candidatos. Os outros, que não tiverem este zelo e este mesmo escrúpulo, se optarem pela repetição das mazelas que têm sido praticadas ao longo desses últimos 27 anos de vigência da apequenada e imprópria Constituição Federal que aí está, por um raciocínio lógico, não terão vez. A menos que a maioria da população eleitora deste país seja atacada por amnésia crônica e cegueira plena!
O fato é que a parte pensante da população brasileira já chegou à exaustão e já ultrapassou todos os seus limites de tolerância. Em verdade, o povo – pelo que se pode observar nas esquinas – já deve estar cansado desse nome, e seu instinto pode levá-lo a práticas violentas não republicanas. Logo, pessoas com vida pregressa comprometida sob os pontos de vista da moral e da ética, se se tornarem candidatas, vão correr o risco de ser apedrejadas. É que um povo cansado e violentado nos seus brios e nos seus legítimos e inalienáveis direitos, já exausto das promessas, das mentiras e dos tapinhas nas costas, não se disporá mais a continuar apanhando. Cansado, pode optar por reagir e fazer uma revolução branca do jeito que melhor lhe aprouver. Vale dizer: de métodos e de princípios e preferencialmente pacífica. Caso contrário, do jeito que der!
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