O único caminho
As festas que finalizam o calendário anual trazem consigo um torvelinho de emoções, às vezes, contraditórias. Ficamos felizes com as possibilidades dos presentes, as comemorações em família, no trabalho e os reencontros, mas uma súbita tristeza invade nosso coração ao ver quanta pobreza circunda o meio social, quantas crianças necessitando de tudo. O mundo é assim, uma escola e/ou um hospital. Quando não estamos aprendendo, passamos por recuperações medicinais de nossa saúde física ou espiritual, na marcha para o progresso. Por isso, é necessário manter nossa fé viva, para que as torpezas do mundo não impeçam a jornada rumo ao crescimento nem tumultuem nossos pensamentos.
Não é necessário que sejamos dotados de grandes conhecimentos para verificar que todas as ações humanas obedecem a um ideal ou desejo mais intenso, aquilo que uma pessoa coloca em primeiro plano de sua vida e tudo faz para conquistar – é o intrigante “chegar lá”.
Infelizmente, são raros os que idealizam conquistas superiores. Em geral, os desejos pairam nas materialidades do reino materialista, circunscritos nos sonhos mesquinhos de ajuntar fortuna, conquistar destaque social, colecionar lisonjas que sustentem seu orgulho e fama. Essa maioria avalia o êxito na vida pelo saldo na conta corrente, esquecendo-se de que o sucesso mundano se extingue com o primeiro sopro de instabilidade, que seus aduladores desaparecem tão rapidamente quanto chegaram, e seus tesouros serão consumidos pelo tempo, restando apenas a amargura do arrependimento do tempo perdido com ninharias.
Aí está a importância do Natal e do ano novo. Rememorar Jesus, não em suas dores impostas pelo homem, mas em sua plenitude de sabedoria, de seus ensinos que norteiam todo aquele que decide por abraçar o bem no fundo d’alma e cada uma de suas palavras inspiradoras. Jesus, o Cristo de Deus, o grande aniversariante a quem devemos homenagear, presenteando aos nossos fraternos com a máxima e honesta sinceridade, com o exercício constante do perdão aos agressores, esquecendo as mágoas e nos enchendo de coragem para não sermos vencidos pelo desânimo e pessimismo. Lembrando sempre que amanhã é outro dia, é Natal, é ano novo. É tempo de recomeçar, então, que seja um recomeço inspirado e embalado pelos ensinos, exemplos e nos braços do Cristo, que é o nosso Caminho, Verdade e Vida.
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