É urgente!
“Precisamos superar os erros históricos do passado e seguir adiante (…)”
São urgentes, necessários e que sejam permanentes e altos os investimentos em educação, principalmente de crianças e adolescentes, para transformar esse nosso país em uma nação educada, culta e civilizada.
Ainda era jovem quando, assistindo a um debate político pela televisão, ouvi o ex-governador Leonel Brizola afirmar, com todas as letras e com a empolgação que lhe era peculiar, que a educação não custava caro porque não era custo, e sim investimento para alavancar o crescimento e o desenvolvimento que a nação reclamava e reclama há muito tempo.
Tivemos e temos educadores e pedagogos da mais alta estirpe como Anísio Teixeira, Paulo Freire, Darci Ribeiro, etc., com visão e ousadia necessárias para impulsionar a evolução educacional e cultural do nosso povo e para evitar que cenas de barbárie como as vistas ultimamente em Brasília (DF) voltem a acontecer.
A educação em horário integral com atividades extracurriculares; um eficiente e eficaz combate ao analfabetismo em todas as faixas etárias; o entendimento e a efetiva valorização dos professores; a aprendizagem de sociologia, filosofia e artes em todos os níveis; a substituição de um ensino apenas tecnocrata por uma educação, também, e principalmente, humanista; que não sejam permitidos cursos de educação a distância para aqueles que as aulas presenciais sejam fundamentais; e uma alta deliberada e firme dos valores e princípios democráticos com o combate a preconceitos e superstições são práticas difíceis de serem alcançadas, mas não são impossíveis se houver uma ferrenha vontade política de toda a sociedade. Que esta eleja para os cargos públicos as pessoas que tiverem conhecimento, coragem e discernimento para esse imenso e constante embate que devemos empreender.
As afirmações aqui colocadas parecem óbvias, mas nosso sistema político nunca permitiu que fossem implementadas em curto, médio ou longo prazo. É um grande sonho, mas não é uma utopia. Apesar de ser um lugar comum, a esperança é a última que morre, e a cada renovação de nossa representação política devemos alimentá-la e apoiar aqueles que enxergamos ter essa visão para o futuro do país. Depende de cada um de nós estar atento e vigilante.
Se assim não o fizermos, estaremos fadados ao fracasso e jamais sairemos do rol dos povos atrasados e subdesenvolvidos. Precisamos superar os erros históricos do passado e seguir adiante, sempre buscando o salto que nos qualifique como uma grande nação que podemos ser.