Capacitação, uma ação inteligente
Deixa-nos felizes – o Centro Industrial de Juiz de Fora – a notícia da formatura da primeira turma da Universidade Corporativa Bahamas (UCB). Durante três anos, os alunos – gerentes, subgerentes, líderes e analistas – receberam capacitação e qualificação para atuarem em suas áreas.
Chamamos a atenção para o projeto “Universidade corporativa”, já adotado por diversas empresas no país. O desenvolvimento da educação superior no Brasil fez com que o mercado passasse a exigir ainda mais uma gestão complexa e profissionais com alto nível de conhecimento. Além de preparar os colaboradores para uma excelência em seus serviços, o projeto automaticamente melhora a área. O papel do setor patronal deve ser o de oferecer condições para que o aprendizado seja permanente e diversificado.
As universidades corporativas baseiam sua ação em estabelecer comparações entre conhecimento e prática, incitando o desenvolvimento de competências pessoais e o compartilhamento dos conhecimentos e das melhores práticas da organização. É, de alguma forma, mais uma vez, a sociedade minorando as imensas deficiências do Estado, que se mostra cada vez mais caro e incapaz, especialmente na chamada educação, com um ensino abstrato e desvinculado da realidade profissional. Isso quando algum ensino realmente acontece, o que tem se tornado cada vez mais raro.
A UCB comprova que precisamos acreditar no potencial do trabalhador. Cada um é responsável pelo seu desenvolvimento profissional, mas cabe àqueles que comandam promover a inclusão de conhecimentos na cultura educacional, como a atuação dos gestores, a corresponsabilidade do funcionário pelo seu crescimento e o foco em resultados sustentáveis.
No cenário atual, o caminho é a própria iniciativa privada investir na mão de obra. O colaborador passa a se sentir motivado e a ver na empresa uma incentivadora do seu crescimento pessoal. Os resultados são somente positivos. Melhoras no ambiente de trabalho, profissionais capacitados e mais preparados para a realidade e desafios dos novos tempos. O trabalhador precisa ser estimulado com um plano de aulas e treinamentos que mesclem conhecimento teórico e prático.
Parabéns ao Bahamas. Que esse seja mais um passo para o estímulo à educação, libertadora, como já diria Paulo Freire. É através dela que podemos promover a conexão entre pessoas e o saber, para que essas possam convergir conosco no objetivo de vencer mais essa crise.