Mar revolto


Por LUIZ SEFAIR, COLABORADOR

05/02/2016 às 07h00- Atualizada 05/02/2016 às 08h53

Sem reforma da legislação eleitoral, o Brasil não se conserta, continuamos, todos, num mar revolto. A omissão do Congresso Nacional é a causa maior de todos os males, e não nos representa de forma digna. A partir do Governo José Sarney, responsável pela Constituição de 88, a situação do país só tem se agravado. Deputados federais e senadores não têm feito o dever de casa de forma correta, e, graças a isso, a situação política do país está cada vez mais desastrosa.

Em vez de reforma política, fizeram apenas alguns remendos. Taparam o sol com a peneira. Graças a tudo isso, o que já era ruim agora está péssimo, pois os mais de 30 “partidos” que aí estão só têm servido para confundir ainda mais o que já está confuso há, pelo menos, 30 anos. Tais partidos não têm tido atuação patriótica, não nos representam e continuam sendo de natureza cartorial. Vale dizer: servem, apenas, para encaminhar ao TSE, para registro, as respectivas listas dos candidatos indicados pelas convenções partidárias e só.

Tais listas, por sua vez, quase sempre, saem do bolso dos coletes dos próprios dirigentes partidários, que, na prática, agem como se fossem seus donos. A sociedade, por sua vez, com baixo índice de cultura política, se acomoda, se omite e não se rebela. Por isso, se fragiliza. Em razão disso, os quadros não se renovam e nem se aprimoram.

O Congresso Nacional, a rigor, tem tido, quase sempre, uma atuação literalmente ordinária e cretina. Castelo de vampiros, a julgarmos pelas cabeças infectas e bandidas que o dirigem, bem que poderia ser o seu verdadeiro nome de batismo. Graças a tudo isso, os quadros, a partir do município, não se renovam, e os institutos da reeleição e das coligações partidárias aí estão para confirmar tudo isso. Mas, apesar de todos esses entraves, de toda essa balbúrdia, e, em que pese, todos os esforços dos inimigos em contrário, é forçoso reconhecermos que o Brasil é bem maior e que ainda tem jeito.

Cumpre-nos, apenas, ter fé e acreditar em nossas potencialidades próprias, que, felizmente, são muitas e imensuráveis. Só assim vamos conseguir nos levantar, “sacudir a poeira e dar a volta por cima”. Até porque nosso país é bem maior do que a cratera em que maus brasileiros de espírito e índole bandida querem soterrá-lo. Cumpre-nos, a todos e a cada um de nós, por irrecusável dever de cidadania, impedir que tal aconteça. Temos que somar nossas forças em torno de um projeto patriótico. Não podemos nos omitir e nem tampouco nos acovardar.

Essa é a causa cívica que nos cabe, a todos nós, abraçar com amor patriótico e determinação. Nós, brasileiros de todos os matizes, temos que começar a torcer pelo Brasil com o mesmo ímpeto e o mesmo entusiasmo com que o fazemos nos estádios de futebol. A caminhada é longa, mas, se todos nós quisermos, poderemos chegar a um porto seguro desde que, sem medo, saibamos dar o primeiro passo. E esse passo tem nome e sobrenome: voto conscientemente pensado e analisado.

Vale dizer: temos que começar a votar com a cabeça erguida e torcer, juntos, para que o Brasil acerte o passo e volte a dar certo. Até porque o Brasil não é o PT, nem é o PSDB e/ou quaisquer outros partidos políticos que aí estão. O Brasil somos todos nós e ponto final. Começar a votar com a cabeça erguida e torcer para que o Brasil acerte o passo e volte a dar certo é dever irrecusável de todos nós, já que o naufrágio atinge a todos. Indistintamente!

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