Primeiros cenários

Institutos de pesquisa já começam a avaliar o período pré-eleitoral, mas ainda é cedo para definir os favoritos


Por Tribuna

17/12/2019 às 06h16

Os institutos de pesquisa, embora ainda não haja definição de nomes, já começam a aferir a intenção de votos do eleitor na corrida pelas prefeituras municipais. O caso mais emblemático é o Rio de Janeiro, onde o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), bispo licenciado da Igreja Universal, vê seu patrimônio eleitoral ir abaixo por conta de sua agenda de confronto com a mídia e com os carnavalescos (embora nesse item o bloqueio de repasses para as escolas de samba seja bem aceito) e do caos na saúde. Ele está em terceiro lugar, atrás de Eduardo Paes (DEM), que já foi prefeito, e de Marcelo Freixo (PSOL), que sempre esteve entre os favoritos, mas ainda não conseguiu se eleger. Os números são do Datafolha.

Ainda é cedo para considerar cenários definitivos, sobretudo quando se leva em conta que os levantamentos com tamanha antecedência olham mais para trás do que para a frente. No caso do Rio, Crivella caiu por conta de seu modelo de governar, enquanto Paes lidera por ter saído bem avaliado na sua gestão. Mesmo assim, tal prestígio foi insuficiente para fazer dele o governador do Estado, que preferiu o juiz Wilson Witzel. Já Freixo é visto como uma possibilidade, inclusive no andar de cima, que já se cansou de experiências.

Em Juiz de Fora, as pesquisas ainda não apontam favoritos pela simples razão de não haver candidaturas formais. Há, é fato, possibilidades, como a de o prefeito Antônio Almas buscar a reeleição, do empresário Wilson Rezato, que já disse, há três anos, que tentaria de novo, e de partidos como o PT, que tem a deputada Margarida Salomão como sua opção preferencial. Como disse o ex-presidente Lula, o PT terá candidatos e não abre mão de ser cabeça de chapa.

Com as festas, o debate entra em compasso de espera, mas é certo que tão logo vire o ano algumas questões precisam ser aceleradas, uma vez que, em não havendo coligações proporcionais, os partidos precisam definir se terão, ou não, candidatos a prefeito. Embora tecnicamente estejam desconectadas, as disputas para prefeito e para vereador se somam na atração dos votos. Daí, não será surpresa, como já foi dito neste espaço, se o número de postulantes ao Executivo superar as expectativas.

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