Aulas com greve no Cead
A poucos dias de iniciar o período letivo de 2015, a UFJF pode enfrentar problemas em relação aos serviços executados por profissionais terceirizados. Há quase três meses sem receber seus vencimentos e em greve desde o dia 16 de janeiro, funcionários da Capital Informática Soluções e Serviços, lotados no Centro de Educação a Distância (Cead), afirmaram à Tribuna que a rotina no departamento está desestruturada e que, certamente, os mais de seis mil alunos que dependem do Cead ficarão desassistidos até que a situação seja resolvida.
Um destes servidores, que preferiu não ser identificado, relatou à reportagem, os problemas previstos. “Alunos do ensino à distância ficarão sem ter acesso aos conteúdos dos cursos, pois nos mesmos não estão sendo disponibilizados na plataforma.” Ele ainda criticou a postura adotada pela universidade e pelo Sindicado dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza (Sinteac) para resolver o imbróglio, que em sua visão, difere-se das investidas das entidades em relação a outras terceirizadas. “Estamos desassistidos, pois não recebemos há quase três meses. Não temos mais segurança, já que a empresa não nos dá retorno”, informou.
O presidente do Sinteac, Sérgio Félix, afirma que o empenho foi o mesmo, porém, o pagamento efetuado à Capital não acontece por meio de recursos da universidade, mas de verbas enviadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Na próxima terça-feira, temos uma audiência na 5º Vara do Trabalho em Juiz de Fora, para tentarmos resolver esta situação. Todas as partes foram convocadas”, disse.
Em nota, a diretoria do Cead informou que a ausência de funcionários terceirizados não vai influenciar no andamento das aulas, e as atividades acadêmicas não sofrerão alterações. A UFJF, por meio de sua assessoria, disse que os valores que seriam pagos à Capital foram retidos por ordem judicial e que a empresa foi notificada dia 17, para emitir nota fiscal referente a dezembro de 2014, para que a mesma seja incluída no montante retido. Procurada pela reportagem, a Capital não se pronunciou sobre o assunto.
Terralimp
Assim como vem acontecendo com os funcionários da Capital, servidores da Terralimp, empresa que presta serviços à Prefeitura, também estão com seus vencimentos em atraso. Segundo funcionários, não houve pagamento do 13º e dos salários referentes aos meses de janeiro e fevereiro, além dos respectivos vencimentos. Segundo o Sinteac, foi solicitado ao Ministério do Trabalho uma audiência de conciliação entre a PJF, a empresa e o sindicato, porém, ainda não há data definida. A Administração, por meio de sua assessoria, informou que o pagamento à Terralimp já foi realizado em juízo e que cabe à Justiça repassar o valor aos funcionários.