Estado já tem em mãos lista de servidores em situação irregular
96 mil servidores estariam acumulando cargos de forma irregular segundo o TCU
O Governo de Minas Gerais recebeu, na manhã desta terça-feira (8), uma relação com os nomes de 96 mil servidores do Estado que, segundo informações do Tribunal de Contas do Estado (TCE), estariam acumulando cargos públicos de forma irregular. De acordo com informação veiculada pelo jornal “Estado de Minas”, de Belo Horizonte, os dados foram entregues às 11h por meio de um DVD. Na última sexta-feira, o governador Fernando Pimentel (PT) manifestou a intenção de suspender os salários de funcionários que estejam recebendo de forma irregular, intuito reforçado nesta segunda-feira, quando o petista visitou a sede do TCE.
“É uma visita de cortesia ao Tribunal e, principalmente, para pedir ao TCE que nos forneça a listagem destes funcionários que, supostamente, estão em situação irregular, para que a gente possa tomar as providências adequadas. Vamos, certamente, tomar atitudes um pouco mais severas, como suspensão de pagamentos e abertura de sindicâncias”, afirmou Pimentel, em vídeo publicado em sua página no Facebook, ainda nas dependências do TCE.
Os supostos acúmulos irregulares de cargos e salários foram apontados pelo TCE após a implementação do Cadastro de Agentes Públicos do Estado e dos Municípios de Minas Gerais (CAPMG), que analisou dois milhões de vínculos em 2.210 órgãos, sendo 2.079 órgãos municipais e 88 do estado, além de 43 consórcios intermunicipais. Ao todo, o tribunal contabilizou cerca de 102 mil servidores que estariam acumulando cargos ilegalmente, o que traria prejuízos de até R$ 6 bilhões por ano aos cofres públicos. Deste total, 96 mil teriam vínculo com o Estado.
Ainda conforme publicação de “Estado de Minas”, o advogado-geral do Estado, Onofre Batista, afirmou que a lista disponibilizada pelo TCE será examinada antes de as sanções serem, de fato, aplicadas. “Ainda não vi a lista mas, havendo essa comunicação, o governador determinou a suspensão imediata. A controladoria vai verificar todos os casos para ver, inclusive, se a irregularidade persiste”, declarou, segundo veiculado pelo jornal de Belo Horizonte.