Família é resgatada de trabalho análogo à escravidão em fazenda de Minas

Família vivia em barraco sem água e higiene


Por Agência Brasil

31/07/2025 às 12h42- Atualizada 31/07/2025 às 18h02

Auditores fiscais do trabalho resgataram, nesta terça-feira (29), uma família submetida a condições análogas à escravidão em uma propriedade rural localizada em Januária, no Norte de Minas Gerais. O caso envolveu um trabalhador rural, de 37 anos, sua companheira, de 34, e dois filhos, de 6 e 9 anos, que viviam em um barraco de 20 metros quadrados, sem acesso a água potável, banheiro ou qualquer estrutura mínima de higiene.

Segundo o relatório da fiscalização, o banho da família era tomado ao ar livre, atrás da casa, sobre um pedaço de plástico, sem privacidade. A residência improvisada não oferecia condições dignas de moradia.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o homem trabalhava no local desde 2019, com a promessa de que teria registro em carteira e que sua moradia seria reformada. No entanto, nenhuma das promessas foi cumprida. O trabalhador recebia R$ 80 por dia, sem qualquer vínculo formal ou garantia de direitos trabalhistas.

Além das condições de moradia precárias, o trabalhador realizava atividades no plantio de mudas e na aplicação de agrotóxicos sem uso de equipamentos de proteção individual (EPI), em descumprimento às normas de segurança do trabalho. As crianças estavam expostas ao mesmo ambiente insalubre.

Durante a fiscalização, também foi constatado que o homem caminhava diariamente cerca de sete quilômetros para buscar água.

A família foi acolhida por um parente e está sendo acompanhada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e pelo Conselho Tutelar de Januária. O empregador se comprometeu a quitar os direitos trabalhistas devidos em até dez dias.

Segundo o chefe da fiscalização do MTE em Montes Claros, Marcos Martins da Silva, o caso será encaminhado ao Ministério Público estadual, que poderá exigir o pagamento de indenização por danos coletivos. O relatório da fiscalização também será enviado à Polícia Federal, responsável pela abertura de inquérito criminal. O nome do proprietário da fazenda não foi divulgado.

Minas Gerais permanece, pelo segundo ano consecutivo, como o estado com o maior número de resgates de trabalhadores em situação análoga à escravidão no país.

Texto reescrito com o auxílio do Chat GPT e revisado por nossa equipe

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