Juiz-foranos assistem treino da Seleção em Teresópolis
A possibilidade de tirar uma foto, conseguir um autógrafo ou simplesmente ver de perto os ídolos da Seleção Brasileira foi permitida a um número limitado de torcedores nesta sexta (25), na Granja Comary, em Teresópolis (RJ). E o objetivo foi conquistado pelos juiz-foranos Dione Batista e Angélica Domingues. Eles levaram estudantes da Academia de Comércio e atletas do Futebol UFJF, Théo Lamas, Túlio Ladeira, João Guimarães, Thiago Januzzi e Henrique Salgueirinho ao centro de treinamento canário.
“Organizamos isso há algum tempo, nos programamos e inclusive os meninos faltaram aula hoje. Tomara que a gente consiga ver de perto o treino com os garotos, que sonhavam com isso há alguns dias”, destaca Dione, pai de Théo. O grupo esteve pela primeira vez na Granja Comary. Se Théo, Túlio, João e Thiago miravam os craques do setor ofensivo nacional Neymar, Philippe Coutinho e Gabriel Jesus, o jovem Henrique tinha um foco incomum entre os torcedores presentes. “Quero ver o Cássio! Sou flamenguista, não corintiano, mas sou goleiro que nem ele”, conta, tímido. Ao todo, aproximadamente 160 torcedores puderam assistir o treino da Seleção da arquibancada ao lado do campo com atividade. Outras dezenas de apaixonados, por limitação de espaço, ficaram logo atrás, encostados em uma grade.
O primeiro da fila
Antes mesmo da aglomeração de torcedores na entrada da Granja, o sergipano Fábio Santos, 33 anos, já assegurava sua presença na arquibancada reservada aos fãs. Por volta das 6h, ele foi o primeiro a chegar na entrada do CT da Seleção. Radicado em Macaé (RJ), ele relatou à Tribuna a vontade especial de ver o camisa 10 canário pela primeira vez. “Vim acompanhar o treinamento da equipe, ver como o elenco está como conjunto e um pouco de como é a preparação para a Copa. E será especial poder ver o Neymar pela primeira vez, nunca o vi jogar sem ser na TV”, conta. De coração rubro-negro carioca, Fábio aproveitou para dar um palpite sobre a convocação. “No Flamengo, o Diego tinha como ser chamado, mas por estar em evidência nesse momento, acredito que o Paquetá poderia ter sido a revelação da Copa neste ano. Seria um diferencial, uma carta na manga do Tite”, avalia.
Para Fábio, iniciativas como a dele, de estar mais próximo da Seleção, perdeu força nas últimas décadas. “Se for pensar de 1994 para cá, vejo uma diferença drástica. A euforia era muito grande com Romário e Bebeto, depois (em 2002) com o corte de cabelo do Ronaldo Fenômeno… ficou para a história. Hoje acredito que o calor humano diminuiu, mas o amor continua. Mas as restrições de hoje, o fato de a comissão técnica fechar o treino acaba afastando um pouco o time do torcedor”, opina.