‘Vou priorizar o trabalho com ética e respeito’, diz a nova Miss Brasil Gay
Representante do Ceará, Yakira Queiroz fala do esforço para a se preparar e do apoio da família e do seu Estado
Há uma nova rainha com a coroa. Representando o Ceará, Yakira Queiroz foi eleita Miss Brasil Gay na noite de sábado para domingo na 38ª edição do evento, que foi realizado no Terrazzo. Ela assume pelos próximos 12 meses o posto que era ocupado por Guiga Barbieri, eleita em 2017.
Além do título principal, Yakira também venceu a escolha do Júri Popular. A coroação veio após todas as etapas do concurso, que incluíram os desfiles com trajes típicos e de gala; a seleção das 12 semifinalistas; e a etapa decisiva, com as cinco finalistas. Em segundo lugar, ficou a Miss Maranhão, Allexia Diamond, e a Miss São Paulo, Allanye Morelli, terminou em terceiro lugar. Dentre as outras premiações, a Miss Tocantins (Paola Vargas) foi eleita a Miss Simpatia; Sol Dayamon, representando Pernambuco, levou o prêmio de Traje Típico; e Allanye Morelli, de São Paulo, ganhou o prêmio de Traje de Gala.
Natural de Fortaleza, Yakira trabalha como maquiador e instrutor de maquiagem e participou pela primeira vez do Miss Brasil Gay – que foi, aliás, o segundo concurso do qual participou, tendo sido vitoriosa em ambos. O primeiro foi o Garota G, seletiva estadual para o Miss Brasil Gay. “Foi uma grande emoção receber o resultado, pois vemos o lindos trabalhos das outras concorrentes, aí fica aquela dúvida se vai acontecer (a eleição). Todas contam com profissionais excelentes, mas também procurei me cercar com os melhores profissionais do meu estado, tanto para maquiagem, os trajes e outras questões”, diz.
Dentre os cuidados para o concurso, ela lembra a escolha dos trajes. O traje típico foi inspirado no Bode Ioiô, que viveu em Fortaleza na década de 1920 e é uma figura folclórica do estado, conhecido por perambular pelas ruas da capital cearense na companhia de boêmios e escritores, que lhe davam cachaça para beber. Já o traje de gala foi inspirado na flor dama-da-noite. “Foi um trabalho árduo, que teve apoio dos meus profissionais, da minha família e do meu estado”, comemora a nova Miss Brasil Gay, que confessa ainda não ter conseguido parar para refletir sobre a dimensão de sua conquista.
“Estou até agora sem palavras, pois é uma responsabilidade muito grande carregar a faixa e a coroa, símbolos de que sempre seremos força e resistência. E é algo muito importante para minha vida pessoal e profissional. E passou pouco tempo ainda, terminamos de realizar um esforço muito grande. Por conta de todo esse cansaço, a ficha ainda não caiu. Mas estou emocionada por toda a receptividade, pelas pessoas confiarem o título a mim. É uma grande responsabilidade, um comprometimento, e nesse meu reinado vou priorizar o trabalho com ética, transparência, sororidade e respeito. É preciso respeitar todos, sem distinção, e amar o próximo.
Confira aqui a cobertura fotográfica do evento na TM Happy Hour.