Polícia Civil desarticula esquema de venda de celulares roubados

A Delegacia Especializada de Repressão a Roubos continua a fechar o cerco contra o roubo de celulares e  venda dos eletrônicos sem procedência em Juiz de Fora. A ação teve início em dezembro passado, quando a equipe da especializada começou a apurar a origem de celulares usados vendidos em algumas lojas da cidade. Duas pessoas já foram indiciadas. Desta vez, em ação desencadeada na última semana, a polícia recuperou 49 celulares, sendo 15 deles já tiveram comprovação que são de origem ilícita. Eles estavam sendo vendidos em duas lojas na região Norte. A suspeita é uma quadrilha com integrantes do Rio de Janeiro esteja agindo na região.

A manobra policial culminou na prisão de sete pessoas, entre elas, três que compraram os celulares e os proprietários das lojas onde estavam os eletrônicos roubados. Alguns dos aparelhos recuperados na cidade estão ligados ao roubo ocorrido em 25 de março, na Lojas Americanas Express, no Bairro São Mateus, e no dia 20 de abril, nas Casas Bahia, no Centro. Nas Casas Bahia, três homens invadiram o estabelecimento, renderam cinco funcionários e roubaram dezenas de aparelhos celulares. Já nas Lojas Americanas Express, 48 celulares e R$ 3 mil foram levados por três indivíduos que entraram na loja.

O titular da especializada, delegado Márcio Savino, destacou que as apurações apontaram que alguns dos eletrônicos roubados vendidos em Juiz de Fora podem ter como origem os municípios fluminenses de Três Rios e Petrópolis. “As investigações estão em fase avançada, estamos agora vendo a ligação destes materiais apreendidos com uma quadrilha que atua na região e também em cidades do Rio de Janeiro. Um casal preso pode ser que seja o elo direto com esta quadrilha, pegando os celulares e os fornecendo às lojas”, comentou.

Segundo ele, em um dos estabelecimentos comerciais a equipe encontrou um celular que havia sido roubado. Já no outro, foram localizados nove aparelhos roubados. Mais alguns aparelhos estavam no local e foram apreendidos, mas ainda não foi comprovada a origem deles. O delegado Márcio Savino afirmou que eles estavam sendo vendidos com preço abaixo do mercado. Os donos dos estabelecimentos foram presos pelo crime de receptação dolosa qualificada.

Um casal do Rio de Janeiro também foi preso. A suspeita da Polícia Civil é que eles repassavam os aparelhos às lojas. Quinze celulares foram apreendidos com eles, sendo que já foi comprovado que quatro eram produto de roubos. Foram encontrados cerca de R$ 4 mil e dois cadernos de anotações no carro do casal. A equipe policial chegou ainda a três compradores dos aparelhos roubados, dois taxistas e uma mulher, e todos foram presos por receptação. “Enquanto houver receptador, haverá o assalto. Este tipo de ação fomenta o aumento dos casos de roubos de celulares. É importante que o comprador saiba a origem daquele produto, tenha consciência do que pode estar adquirindo uma coisa que foi roubada”, enfatizou. Savino destacou que as investigações continuam para identificar os autores do roubo e outros integrantes de uma possível quadrilha.