Restaurante Salvaterra operava sem liberação do Corpo de Bombeiros, diz corporação
Segundo informações do CBMMG, estabelecimento tem até 60 dias para regularizar a situação, sob pena de multa
O Restaurante Salvaterra, localizado na Rua Dom Viçoso, no Bairro Alto dos Passos, na Zona Sul de Juiz de Fora, atingido por um incêndio na manhã desta quarta-feira (14), funcionava sem liberação do Corpo de Bombeiros. A partir da fiscalização realizada após o controle das chamas, a corporação identificou que o estabelecimento operava sem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
Devido à ausência da liberação para funcionamento do Corpo de Bombeiros, o restaurante sofreu uma advertência, a primeira sanção prevista na norma. Caso o estabelecimento não inicie o processo de regularização da situação em até 60 dias, será aplicada uma multa. Em nota, o Corpo de Bombeiros ressaltou que o “CBMMG não pode impedir o funcionamento de um estabelecimento apenas por estar irregular. É necessário que seja constatado um risco iminente e um processo de interdição se inicie para isso.”
Em nota, o proprietário do restaurante, Nelson Dias, informou que “possuía, no momento do incidente ocorrido no Bairro Alto dos Passos, toda a documentação e licenças exigidas pelo Poder Público para o pleno e regular funcionamento de suas atividades”. O proprietário também afirmou estar “colaborando integralmente com as autoridades responsáveis para apurar as causas do ocorrido.”
Questionada pela reportagem, a Prefeitura de Juiz de Fora afirmou que o restaurante está com toda a documentação exigida para o licenciamento junto à PJF em ordem.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a causa do incêndio está sendo apurada pela Polícia Civil.
A Tribuna entrou novamente em contato com o proprietário, após a divulgação da informação pelo Corpo de Bombeiros, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Chamas atingiram todo o estabelecimento
Na manhã da última quarta-feira, conforme apuração da Tribuna, moradores do bairro onde está localizado o restaurante escutaram uma explosão por volta das 8h. Segundo os Bombeiros, o fogo tomou toda a parte interna da edificação, sendo necessário um combate intenso às chamas. Ao todo, foram utilizados aproximadamente 15 mil litros de água na operação, que contou com o apoio de dois caminhões do Corpo de Bombeiros e três caminhões-pipa da Prefeitura. Ao todo, 13 militares trabalharam diretamente na ocorrência.
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A Prefeitura de Juiz de Fora afirmou, em nota enviada à Tribuna, que a Defesa Civil foi acionada pelo Corpo de Bombeiros para vistoriar o imóvel onde ocorreu o incêndio. Até o momento, a informação é que o local foi temporariamente interditado devido aos danos estruturais e será liberado somente após os reparos realizados por um profissional habilitado.
Na data do ocorrido, a Tribuna também esteve no local e constatou que as chamas atingiram os dois andares do local, além da fiação aérea da rua. O estabelecimento ficou destruído, e os militares também fizeram a retirada de objetos e móveis queimados do local, para facilitar o trabalho de combate às chamas.
Uma escola na região também precisou suspender as aulas na manhã de ontem por conta da quantidade de fumaça e da ausência de internet. A fiscalização de trânsito da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) também esteve no local para indicar o desvio do tráfego nas vias próximas do estabelecimento.
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