Polícia Civil investiga esquema de venda de celulares roubados em JF
Um aparelho roubado teria sido comprado em uma loja do Centro
A Delegacia Especializada de Roubos está com uma investigação em curso que busca apurar a origem de celulares usados vendidos em algumas lojas de Juiz de Fora. De acordo com o delegado Márcio Savino, titular da especializada, já foi comprovada a prática de receptação em um estabelecimento comercial no Centro. Um celular que havia sido roubado em uma academia teria sido comprado no local. O proprietário da loja, 31 anos, e um ex-funcionário foram indiciados pelo crime de receptação dolosa, já que saberiam que o eletrônico era produto de roubo.
O celular que teria sido revendido na loja foi roubado no último dia 20, em uma academia localizada na Avenida Barão do Rio Branco, altura do Bairro Mariano Procópio. O crime foi registrado pouco antes das 9h. Segundo a Polícia Militar, uma funcionária, 32, disse aos policiais que o homem chegou ao local com uma machadinha e exigiu que fosse entregue a ele o celular. O suspeito roubou R$ 530 em dinheiro e dois smartphones de clientes da academia.
Ele fugiu e não foi localizado no dia. “As investigações tiveram início logo após o crime, que nos chamou a atenção pela ousadia do suspeito. No curso das apurações, identificamos o suspeito, de 27 anos, e verificamos que ele havia sido preso em flagrante três dias depois deste roubo, também por participação em um roubo, desta vez em um hotel. Ele está no Ceresp desde então”, disse Márcio Savino.
Segundo o delegado, o aparelho roubado foi encontrado com uma mulher, 27. “Ela teria comprado o aparelho da mãe, 50 anos. Esta, por sua vez, teria adquirido o celular de um homem de 55 anos, que comprou o aparelho em uma loja de telefonia celular, localizada no Centro de Juiz de Fora”, contou, complementando que eles foram indiciados pelo crime de receptação culposa.
Para Savino, este tipo de ação fomenta o aumento dos casos de roubos de celulares. “É importante que o comprador saiba a origem daquele produto, ter consciência do que pode estar adquirindo uma coisa que foi roubada”, enfatizou.
Com estas informações, a Polícia Civil chegou ao estabelecimento comercial, onde foram apreendidos outros aparelhos. “Estamos investigando a origem destes produtos. Até o momento, foi apurado que o dono da loja e o ex-funcionário teriam adquirido o aparelho sabendo da ilicitude do produto. Eles não pediam nota fiscal ou mesmo cadastraram o vendedor”, comentou. O delegado destacou que outras lojas estão na mira da polícia. “Estamos fazendo levantamentos e vamos verificar se existe um padrão para a prática da receptação aqui na cidade. Estamos averiguando a origem dos aparelhos”, disse.