Terceirizados interrompem atividades na PJF por falta de pagamento
Atualizada às 20h55
Um novo atraso no pagamento de funcionários da empresa Terceiriza, prestadora de serviço da Prefeitura de Juiz de Fora, fez com que cerca de 73 digitadores e teledigifonistas interrompessem as atividades, comprometendo o atendimento em alguns setores do município. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (Sinttel), a paralisação atinge serviços como atendimento em postos de saúde, marcação de consultas, remoção de pacientes do Samu e recursos de multas aplicadas por agentes da Settra.
O atraso é relativo ao pagamento do mês de novembro e à não liberação da primeira parcela do 13º. Ontem, pela manhã, foi realizada reunião do sindicato com representantes das secretarias de Administração e da Fazenda. Após o encontro, a Prefeitura informou que todos os pagamentos mensais estão em dia, com o último acerto realizado até o dia 7 de dezembro, totalizando R$ 233.721,42. A informação é que a empresa já foi notificada por escrito. O Executivo também se comprometeu a suspender o próximo pagamento se a empresa não cumprir sua parte do contrato, que é realizar o pagamento dos funcionários. Na nota, reforçou que “não tem medido esforços na busca de soluções para o impasse”.
Procurado pela Tribuna, o advogado da Terceiriza, Gustavo Leone, afirma que há atrasos por parte do Município. “Desde agosto, quando tivemos um problema semelhante, a Prefeitura combinou de fazer o pagamento nas datas estipuladas, mas não cumpriu o estabelecido. Alertamos aos responsáveis que, caso o pagamento não fosse efetuado, não haveria como honrarmos com os salários deste mês, mas eles não tomaram providências”, alega.
Conforme cópia da ata de reunião apresentada pelo advogado por e-mail, a PJF deveria ter depositado R$ 600 mil na conta da empresa no dia 10 de outubro e outros R$ 300 mil em 10 de novembro. Segundo Leone, caso a Prefeitura efetuasse o pagamento ontem, os honorários estariam disponíveis amanhã, dia 18. Ainda conforme o representante da empresa, ações judiciais, movidas por sindicatos de classe, fizeram com que parte dos recursos da Terceirizada fosse bloqueada, comprometendo a situação.
Em agosto, o mesmo imbróglio afetou cerca de 180 funcionários da empresa. A presidente do sindicato Ana Carolina Leonel criticou os constantes atrasos durante o ano. “Tivemos problemas durante todo o ano praticamente, além de setembro de 2014.”