60% dos idosos de JF dependem do SUS


Por Tribuna

07/09/2011 às 07h00

Sessenta por cento dos quase 66 mil idosos de Juiz de Fora dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o Departamento de Saúde da Terceira Idade (DSTI) da Secretaria de Saúde. Das cerca de 40 mil pessoas com mais de 60 anos de idade que necessitam da assistência pública no município, cinco mil, residentes em áreas descobertas pela atenção primária, são atendidas pelo DSTI, que realiza entre 1.200 e 1.500 consultas por mês. Porém, para o Conselho Municipal de Saúde, não existe atendimento preferencial a essa população na cidade.

Com equipe formada por clínicos gerais, geriatras, enfermeiros e técnicos, o setor diz que busca manter idosos ativos e saudáveis, por meio da estruturação da atenção integral, do monitoramento do processo de envelhecimento, da identificação dos fatores de risco de doenças e do envolvimento da família e da comunidade no processo de cuidado com essa população.

O DSTI também alerta para a depressão na terceira idade, pois a doença é a quarta causa específica de incapacidade nas pessoas com mais de 60 anos, segundo a Secretaria de Saúde. No momento, o departamento trabalha na elaboração de projetos para diminuir a demência, a solidão, e, consequentemente, a internação hospitalar de idosos.

Secretário executivo do Conselho Municipal de Saúde, Jorge Ramos aponta, por outro lado, que a própria estrutura física do departamento impede a assistência diferenciada condizente com idade dos usuários. O espaço é precário e não tem nem mesmo acessibilidade. Na minha visão, o atendimento ao idoso tem que ser feito o mais próximo possível desse cidadão, ou seja, nas unidades de atenção primária à saúde (Uaps), que tampouco apresentam estrutura em conformidade com o que essa população necessita.

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