Governo de Minas prioriza combate ao Aedes, diz subsecretário de Estado
O combate ao Aedes aegypti e o tratamento dos casos de dengue, zika e chikungunya são prioridade para o Governo de Minas. A afirmação é do subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde do Estado, Rodrigo Said, que concedeu entrevista coletiva ontem em Juiz de Fora. Ele afirmou que o Governo enfrenta desafios, principalmente com o alto número de casos de chikungunya. Em comparação com o ano passado, o número de casos da doença disparou. Até ontem, 6.020 casos prováveis tinham sido registrados no estado, contra 170 no mesmo período do ano passado. Em Juiz de Fora, seriam três. Em 2016, Minas contabilizou 503 casos.
“A situação é bem preocupante. Nosso estado identificou a circulação do vírus da chikungunya em 2015, e avaliamos que a população não tem proteção imunológica contra ele. É um vírus transmitido pelo Aedes aegypti que encontrou, no espaço urbano, as condições favoráveis para o seu desenvolvimento”, destacou Said.
Segundo o subsecretário, Minas tem desenvolvido ações para evitar a proliferação da doença e orientado os municípios sobre as medidas a serem adotadas em casos suspeitos. “Nossas equipes estão em campo nas 28 regionais da secretaria, com comitês monitorando toda a situação epidemiológica e discutindo estratégias com cada um dos municípios. É importante destacar que essa é uma prioridade do Governo. Se necessário, vamos utilizar todas as ações previstas no plano de contingência.”
Entre as medidas, Said destaca a utilização de inseticidas e implantação de centros de hidratação, além da continuidade da campanha. “A vigilância é uma ação permanente, e é feito o monitoramento semanal da situação epidemiológica dos 853 municípios de Minas.”
O subsecretário ainda ressaltou que os levantamentos realizados pelo Poder Público sobre o índice de infestação do Aedes são um termômetro para as ações. “Todos os domicílios do estado são visitados de quatro a seis vezes por ano, mas em um período de sete dias é possível completar o ciclo evolutivo do mosquito, do ovo até a forma adulta. Por isso, a vistoria é uma ação que deve ser feita semanalmente. Ações simples como verificar o prato de vaso de planta, a calha, os ralos e a bandeja de geladeira, por exemplo, podem contribuir para a redução do índice do vetor.”