Cinco testemunhas do caso Goldoni participam de acareação
Atualizada às 21h03
O flanelinha que tomava conta dos carros na Estrada Engenheiro Gentil Forn, considerado a testemunha central no caso da morte de Matheus Goldoni, não compareceu à acareação realizada nesta terça-feira (2) na Delegacia Especializada em Homicídios. De acordo com o delegado Rodrigo Rolli, o depoimento do flanelinha era importante para clarear pontos obscuros na investigação, principalmente nos fatos que ocorreram do lado de fora da boate Privilège. “Essa testemunha é fundamental. Nos depoimentos anteriores, ele negou que estava no local no dia. Contudo, o proprietário de um veículo que estava na via e teve o retrovisor quebrado fez o reconhecimento do flanelinha por meio de foto. Disse se lembrar do valor de R$ 20 cobrado por ele”, afirmou o delegado.
[Relaciondas_post] Rodrigo Rolli pontuou que, segundo as investigações, o homem já não está morando na mesma residência. “Ele vinha sendo monitorado e, de uns tempos para cá, sumiu. Ele está fugindo da investigação e mentindo, pois estava tomando conta dos veículos na via no trecho onde houve a perseguição, no ponto de descida para o Centro”, alegou o delegado, acrescentando que levará esta situação ao Poder Judiciário, com o objetivo de saber o que pode ser feito em relação a essa testemunha para que a investigação seja concluída.
Das sete pessoas agendadas para a acareação, apenas cinco compareceram. O procedimento foi realizado entre o gerente operacional da boate e o ex-segurança da casa, e entre o gerente operacional e a mulher do ex-segurança. “O ex-segurança e sua mulher encontravam-se em uma carrocinha de cachorro quente do lado de fora da boate. O ex-segurança é a pessoa que desceu de moto com um dos seguranças atrás da vítima. A acareação tinha objetivo de clarear pontos obscuros dentro da investigação. Uma parte da acareação foi comprometida em função do não comparecimento também do dono da carrocinha de cachorro quente, que era fundamental para fechar essa questão”, avaliou Rolli.
Uma senhora que passava de carro na Gentil Forn também participou do procedimento. Ela teria presenciado a existência de dois seguranças em uma parte mais abaixo da estrada, numa motocicleta, próximo à mata. O titular da Homicídios adiantou que mais acareações vão acontecer no próximo dia 10 e que pretende concluir o inquérito até o fim deste mês.
Pais de Matheus
O procedimento na delegacia foi acompanhado pelos pais de Matheus, Nívia Goldoni e Cláudio Aloísio Ribeiro. O advogado da boate Privilège, Fernando Oliveira, que também estava na delegacia, disse que a posição da casa é pela busca da verdade, sem mascarar ou omitir fatos. “Temos que observar que muito do que se tem dito é especulação, já que a prova substancial que consta no inquérito mostra que o jovem sofreu um afogamento”, advertiu o advogado.
O corpo do jovem Matheus Goldoni Ribeiro foi encontrado na manhã do dia 17 de novembro, na cachoeira do Vale do Ipê, cerca de 56 horas após ser visto pela última vez, do lado de fora da casa noturna Privilège. Ele foi colocado para fora da boate por seguranças na madrugada de sábado, dia 15, após um desentendimento com outro jovem por motivos passionais.
Tópicos: matheus goldoni