Média de mortes por coronavírus fica em 1.361, novo recorde no Brasil

Na prática, por considerar sete dias, significa que 9,5 mil pessoas morreram na última semana


Por Emilly Behnke, Anne Warth, Pedro Caramuru, Matheus de Souza e Marco Antônio Carvalho (Agência Estado)

04/03/2021 às 22h04

A média móvel de óbitos por Covid-19 ficou em 1.361 nesta quinta-feira (4), o maior patamar já registrado em toda a pandemia. Na prática, por considerar sete dias, significa que 9,5 mil pessoas morreram na última semana pela doença no Brasil. A marca foi atingida no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro disse que “chega de frescura e mimimi” “Vão ficar chorando até quando?”, indagou em evento que participou em Goiás.

A quantidade de pessoas que morreram em 24 horas em decorrência do coronavírus foi de 1.786, de acordo com dados divulgados pelo consórcio de veículos de comunicação. Com o número, o país chega a um total de 261 188 óbitos. E os dados do consórcio mostram ainda que o Brasil registrou 74.285 novos casos da doença em 24 horas, chegando a um total de 10.796.506 diagnósticos confirmados.

Mesmo na semana com os piores números da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro reiterou que é preciso “enfrentar o problema de peito aberto” e parar de “frescura”. Bolsonaro ainda voltou a apelar para que governadores e prefeitos não adotem medidas restritivas e disse que gostaria de ter o poder para definir a política de enfrentamento ao vírus.

Reações

Nesta quinta-feira, um grupo de 14 governadores enviou carta ao presidente cobrando a “imediata adoção de providências necessárias” para viabilizar a compra de vacinas contra a Covid-19. Dizem que os estados estão envidando todos os esforços para enfrentar o aumento de casos e mortes pelo coronavírus, mas estão “no limite de suas forças e possibilidades” e cobram do Governo que aja com celeridade.

Já o Ministério Público Federal, por meio de procuradores de 24 Estados e do DF, assinou recomendação ao Ministério da Saúde para que adote com urgência, em todo o território nacional, medidas para conter a transmissão do coronavírus. Querem que o ministério comandado por Eduardo Pazuello “formule uma matriz de risco objetiva, baseada em critérios técnicos, que sirva para a adoção de medidas de distanciamento social, de acordo com a situação epidemiológica e a capacidade de atendimento de cada localidade”.

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