Transporte público de Juiz de Fora já experimenta novo sistema de bilhetagem
PUBLIEDITORIAL
Além de efetuar a cobrança, novidade tecnológica também ajuda na gestão mais eficiente do serviço, indicando localização e velocidade dos ônibus em tempo real
O novo sistema de bilhetagem digital Moov já está em teste em vários ônibus do transporte coletivo público de Juiz de Fora. Implantado com sucesso em cidades brasileiras, como Curitiba (PR), Brasília (DF), Caxias do Sul (RS) e Santo André (SP) e até na africana Luanda, capital de Angola, a nova tecnologia desenvolvida pela Transdata vai muito além da cobrança da tarifa, auxiliando também na gestão do serviço de transporte. Através dela é possível identificar a localização dos coletivos e até mesmo a velocidade com que estão trafegando em tempo real.
“Caso exista qualquer transgressão, como por exemplo uma violação de itinerário ou o motorista não atenda uma parada ou dirija de forma insegura, o equipamento faz o registro da telemetria. É uma ferramenta de gestão do transporte público que identifica os pontos em que cada embarque se deu, coletando informações valiosas que serão utilizadas para planejar melhor as linhas e os horários”, explica o diretor da Transdata, empresa contratada por iniciativa da Astransp e do Consócio VIAJF, Rafael Teles.
Com o novo sistema de bilhetagem, será possível oferecer serviços inéditos, como a recarga do cartão pelo WhatsApp ou por aplicativo de celular, permitindo ao usuário ter a disponibilidade de novos créditos em menos de uma hora. Outras formas de pagamento por carteiras digitais serão disponibilizadas progressivamente à medida em que as mudanças no transporte coletivo forem sendo implementadas.
“Esse novo sistema de bilhetagem possui uma infinidade de benefícios e de alterações que com certeza vão favorecer não apenas o usuário, como quem administra o transporte”, acrescenta Rafael. A Prefeitura de Juiz de Fora, por exemplo, terá uma ferramenta de planejamento e de controle mais precisa, transparente e confiável sobre todos os dados que envolvem o serviço público na cidade, garante o diretor.
Melhoria progressiva da qualidade
Os municípios onde o sistema Moov já foi implantado experimentam um crescente processo de transformação e, consequentemente, de melhoria da qualidade na prestação do serviço. “Não é porque agora os ônibus têm uma tecnologia nova que tudo vai mudar do dia para a noite. Mas é um começo de um processo de modernização do transporte público. Em Juiz de Fora, o pontapé inicial foi dado em outro momento com a renovação da frota e a substituição de empresas. A tecnologia agora é mais um passo que a cidade dá para melhorar o atendimento à população”.
Em algumas das 150 cidades em que o novo sistema de bilhetagem Moov foi adotado já não é mais permitido o pagamento da passagem com dinheiro em espécie, o que contribui para aumentar ainda mais a segurança dos passageiros e oferecer mais proteção ao patrimônio.
“Isso colabora para evitar assaltos e outros riscos associados. Cascavel, no interior do Paraná, foi uma das primeiras cidades do Brasil que limitou a possibilidade de pagamento em dinheiro por motivo de segurança, mas também para agilizar a prestação do serviço. O embarque fica mais rápido. Hoje isso já é realidade em muitos municípios, incluindo algumas capitais”, observa Rafael.
Mais eficiente e amigável ao meio ambiente
O sistema de bilhetagem também contribui para tornar o transporte público mais eficiente e amigável ao meio ambiente. Além de melhorar a eficiência da condução e, naturalmente, do consumo de peças e de combustível, possibilita um planejamento mais eficiente para que haja menos desperdício. “Os ônibus circulam nos horários corretos, fazendo os atendimentos nos pontos necessários. Isso é uma grande contribuição tanto ambiental quanto econômica”.
“Como o sistema monitora a telemetria dos veículos, ele contribui para melhorar a condução pelo motorista não apenas no sentido de segurança, mas também de eficiência energética, para que sejam feitas as acelerações e frenagens necessárias. Essa tecnologia auxilia na redução das emissões de poluentes ao se somar a outras. Os ônibus mais novos, por exemplo, já possuem um conjunto de mecanismos capazes de emitir menos material particulado”, finaliza Rafael.