“Nova educação” exige união entre tradição e tecnologia na formação para o mercado de trabalho
Diretores de instituição de ensino reforçam a importância de métodos integrados e atualizados em busca de uma conexão entre o mundo da nova educação e do trabalho
A utilização da tecnologia e de conceitos de programação e informática devem ser aliados de um ensino que busque a conexão entre o mundo de uma “nova educação” e o mercado de trabalho, em um processo que não deva começar na faculdade, mas sim ainda na educação infantil. É desta forma que especialistas na área têm trabalhado em Juiz de Fora, como ratificaram a diretora-presidente do Instituto Vianna Júnior, Mariângela Vianna, e o diretor acadêmico da mesma instituição, Cristiano dos Santos, durante entrevista à Rádio Transamérica Juiz de Fora.
“As novas tecnologias são necessárias porque existe um mundo novo e é este mundo novo que requer uma nova educação, que mantém uma atenção, uma conexão entre os mundos do conhecimento, do ensino e do trabalho, para poder entregar aos nossos alunos, desde a primeira série de ensino fundamental, competências e habilidades para eles trabalharem e viverem neste mundo que será totalmente novo, e que a gente vê agora”, contextualiza Mariângela. “Eles vão ter que viver com robôs, com computador o tempo inteiro e a gente tem isso na grade. Desde pequenininhos eles aprendem informática, robótica, programação. A gente tem um ensino bilíngue muito bom porque a língua é a comunicação global e não podemos ficar para trás. Tentamos transformar o ensino em experiência para que o aluno possa sentir segurança de sair do Vianna preparado para o mundo, inclusive do trabalho”, complementa a diretora.
Cristiano reforça que a formação deve começar, preferencialmente, ainda na base educacional. “Nós formamos desde a educação infantil, então é toda essa preparação, todo esse cuidado. Quando o aluno chega para a gente, não só do Instituto Vianna Junior, mas de outras escolas também, porque essa é uma grande diferença do Vianna Junior, que há mais de 80 anos une essa tradição, que é a nossa solidez, mas também incorpora as novas tecnologias. E quando o aluno chega na faculdade, nós realizamos um trabalho muito firme para que ele possa aliar essas duas coisas, a tradição e a tecnologia, para que possa enfrentar os desafios e transformações do século XXI, que não são poucos.”
O celular na “nova educação”
Conforme Mariângela, o celular deve ser visto também como instrumento de apoio ao aprendizado de qualidade e eficaz. “O celular pode ser uma ferramenta de estudo muito importante. Você tem que aprender a trabalhar com ela. Trabalhamos no Ensino Fundamental e pretendemos levar tudo até as faculdades, já com as ferramentas tecnológicas: um Qr code na página do livro que ele não está entendendo para, dali, sair uma aula. São inúmeras possibilidades. E na faculdade estamos começando um escritório-escola para que os alunos também aprendam todos os softwares mais importantes usados em escritório. Ele tem que sair preparado e com todas as competências necessárias para entrar no mercado de trabalho com confiança”, destaca a diretora-presidente do Instituto Vianna Júnior.
Transformações e desafios no Ensino Superior
Conforme o diretor Cristiano, o trabalho educacional atualizado deve estar voltado à adaptação de um mundo cada vez mais mutável para que haja eficácia também na empregabilidade pós-formação. “O grande desafio do Ensino Superior hoje é que os alunos consigam perceber que vão ter que enfrentar grandes desafios, com inovação, a mudança muito rápida. Porque o que aprendemos quando éramos garotos demorava muito tempo para perder a validade, mas hoje muito rapidamente as coisas vão avançando. A empregabilidade dos nossos alunos é muito elevada, mas isso não é à toa. Além da preparação que temos, o aluno não vai passará seu tempo somente ouvindo teoria dos professores, o que também é muito importante. Só que ele terá que praticar. Temos mais de 200 alunos ativos realizando estágio. São 47 instituições públicas e privadas, como tribunais e Ministério Público, que são conveniadas com o Vianna. Há um núcleo específico para a prática no Vianna.”