Meningite meningocócica: entenda riscos da doença potencialmente grave e as formas de prevenção
PUBLIEDITORIAL
Doença de evolução rápida e contágio pela via respiratória tem como grupo vulnerável bebês, crianças e adolescentes(1-3)

De acordo com o painel epidemiológico do Ministério da Saúde, entre 2023 e 2024, Minas Gerais registrou 91 casos de meningite meningocócica4, que resultaram em 24 óbitos.12 Entre esses, dois casos5 e um óbito foram em Juiz de Fora.13 Apesar dos números parecerem baixos, os especialistas se preocupam: isso porque, além da doença ser potencialmente grave e de evolução rápida, as formas de contágio são muito variadas e ocorrem pela via respiratória. Além disso, o público mais vulnerável são os bebês, as crianças e os adolescentes. Por isso, entenda quais sinais devem acender o alerta para a meningite meningocócica e quais são as principais formas de prevenção da doença.1-3
As meningites, de uma forma geral, são uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Essas inflamações podem ocorrer por bactérias, vírus ou fungos, mas a meningite meningocócica, especificamente, é causada pela bactéria Neisseria meningitidis, conhecida também como meningococo.1-3. Existem 12 sorogrupos dessa bactéria, mas seis deles são os mais comuns: A, B, C, W, X e Y.1-3,9 “Essa doença é conhecida pela gravidade e evolução rápida, além das sequelas que pode deixar”1-3, lembra Ana Medina (CRF-RJ 24671), farmacêutica, imunologista e gerente médica de vacinas da biofarmacêutica GSK.
A vacinação surge como a principal forma de prevenção contra a meningite meningocócica.1-3 No Brasil, algumas vacinas estão disponíveis gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), enquanto outras podem ser encontradas em clínicas privadas.6-8
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece gratuitamente a vacina meningocócica C para crianças de 3 e 5 meses de idade. E a vacina meningocócica ACWY em dose de reforço aos 12 meses e para adolescentes de 11 a14 anos como dose única ou reforço conforme calendário vacinal. Ambas também estão disponíveis para outras idades na rede particular.6-8 As sociedades médicas recomendam a vacina meningocócica B e a vacina meningocócica ACWY, disponível na rede particular, para todas as crianças, com esquema aos 3, 5 e 12 meses de vida. Para a vacina ACWY, as sociedades recomendam duas doses de reforço até a adolescência. Para a vacina meningocócica B, as sociedades médicas recomendam duas doses para adolescentes não vacinados.6,7,10
Além da vacinação, a imunologista também destaca que as medidas de higiene ajudam a evitar a transmissão de várias doenças, incluindo a meningite meningocócica. “Essas medidas incluem lavar a mão de forma frequente, cobrir a boca ao tossir e espirrar, evitar compartilhamento de objetos pessoais, manter os ambientes bem ventilados e evitar aglomerações na medida do possível”11, diz.
Sinais de alerta
O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Os sinais de alerta da meningite meningocócica podem incluir febre, dor de cabeça intensa, rigidez no pescoço, vômito, sensibilidade maior à luz, manchas vermelhas ou arroxeadas pelo corpo. No estágio mais avançado, podem aparecer sintomas como confusão mental e até desmaios.1-3 “A maioria das pessoas afetadas pela meningite meningocócica são pessoas previamente saudáveis, ou seja, que estavam completamente saudáveis até que surgissem os sintomas da meningite meningocócica”, relata Ana Medina.
No entanto, como destaca a imunologista, esses testes precisam ser feitos por especialistas: “O importante é não esperar ou tentar fazer testes em casa. Diante de qualquer suspeita de meningite, que é uma doença potencialmente grave, as pessoas devem buscar o quanto antes uma unidade de saúde para avaliação de um profissional capacitado para identificar e atuar em relação a essa doença”, recomenda.
Referências:
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https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/meningitis Acesso em: Abril/2025;
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- SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2024/2025. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/24727d-DC_Calendario_Vacinacao_-_Atualizacao_2024.pdf>. Acesso em: FEV/2025;
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Material dirigido ao público geral. Por favor, consulte o seu médico. NP-BR-GVU-BRF-250021 – Julho/2025