Japão quebra recorde de velocidade com internet 4 milhões de vezes mais rápida que a brasileira
Nova tecnologia japonesa transmite dados a 1.802 km sem perda de velocidade
O Japão estabeleceu um novo recorde mundial de velocidade de internet ao atingir uma taxa de transmissão de 1,02 petabits por segundo, o equivalente a cerca de 127.500 gigabytes por segundo. O feito foi alcançado por cientistas do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação (NICT) e supera em mais do que o dobro o recorde anterior, registrado em 2024.
A nova marca representa um avanço significativo em comparação com as velocidades médias atuais: 3,5 milhões de vezes mais rápida do que a média da internet fixa nos Estados Unidos e 4,25 milhões de vezes superior à média da banda larga no Brasil, que é de 236 megabits por segundo. Em termos práticos, seria possível baixar todo o catálogo da Netflix em menos de um segundo.
A tecnologia utilizada envolve uma fibra óptica que reúne 19 núcleos em um único cabo com apenas 0,125 milímetro de diâmetro, compatível com os cabos tradicionais já existentes em infraestruturas de rede. Essa compactação permite ampliar substancialmente a capacidade de transmissão de dados sem a necessidade de substituição da rede física atual.
Durante os testes, os pesquisadores conseguiram transmitir dados a uma distância de 1.802 quilômetros — percurso equivalente ao trajeto entre Nova York e Chicago — mantendo desempenho estável. Para preservar a velocidade, o sinal foi amplificado 21 vezes ao longo do trajeto, minimizando perdas.
O novo marco representa um avanço em relação ao desempenho obtido em 2023, quando velocidades semelhantes foram registradas, mas em distâncias até três vezes menores. A melhoria na eficiência de transmissão e na redução de perdas foi fundamental para alcançar o resultado.
De acordo com os pesquisadores, o aumento global no tráfego de dados exige soluções que acompanhem um crescimento anual estimado em 50%, conforme a Lei de Nielsen. A compatibilidade da nova fibra com redes já instaladas permite que a tecnologia seja implementada de forma gradual, sem necessidade de grandes investimentos em substituições.
Além de beneficiar o consumo doméstico de conteúdos em alta qualidade, como filmes e jogos, a inovação tem potencial para impulsionar setores como inteligência artificial, computação em nuvem e a internet das coisas — que depende de conexões constantes entre dispositivos.
Durante a Conferência de Comunicação por Fibra Óptica (OFC 2025), realizada no Japão, o Laboratório de Redes Fotônicas destacou que a nova fibra de 19 núcleos apresenta menor vulnerabilidade a distorções de luz, problema que afeta a estabilidade dos cabos convencionais em longas distâncias. Essa estabilidade é considerada uma das principais vantagens da solução desenvolvida.

Texto reescrito com o auxílio do Chat GPT e revisado por nossa equipe