Seu cachorro pode ser braquicefálico; veja 7 cuidados importantes
Essas raças precisam de atenção especial para viverem com mais conforto e saúde no dia a dia

Cães com focinho achatado, como pug, buldogue francês, shih tzu e boston terrier, são conhecidos como braquicefálicos. Essa característica física, que dá a eles uma aparência única, é resultado do encurtamento dos ossos do crânio, principalmente na região do focinho. Apesar de serem muito populares por seu temperamento dócil e aparência carismática, esses cachorros enfrentam desafios importantes em relação à saúde.
A anatomia braquicefálica pode provocar dificuldades respiratórias, problemas oculares, dermatológicos e sensibilidade ao calor. Por isso, é essencial que os tutores conheçam os cuidados específicos que essas raças exigem no dia a dia. Veja a seguir:
1. Proteja o cachorro do calor e do sol intenso
Devido ao formato encurtado das vias respiratórias, os cães braquicefálicos têm dificuldade para regular a temperatura corporal por meio da respiração, o que os torna altamente vulneráveis ao calor. Em dias quentes, podem sofrer com falta de ar, exaustão e até quadros graves de hipertermia. O ideal é mantê-los em ambientes arejados, com sombra e ventilação, e evitar passeios entre 10h e 16h. Sempre ofereça água fresca e, se possível, um tapete gelado ou toalhas úmidas para ajudar na refrigeração.
2. Controle rigorosamente o peso do animal
O sobrepeso é ainda mais prejudicial para cachorros braquicefálicos, pois aumenta a pressão sobre as vias respiratórias já comprometidas e favorece problemas cardíacos e articulares. Por isso, deve-se oferecer uma alimentação balanceada, evitar petiscos calóricos e seguir orientações veterinárias sobre a quantidade ideal de ração. Além disso, atividades físicas moderadas e regulares ajudam a manter o cão saudável e com o peso adequado.
3. Fique atento à respiração do cão
A respiração ruidosa, roncos constantes, engasgos ou pausas na respiração são sinais de alerta em cães braquicefálicos. Essas manifestações podem indicar obstruções nas vias aéreas, causadas por estruturas internas como o palato mole alongado ou as narinas estreitas – alterações comuns nessas raças. Em casos mais severos, pode ser necessário realizar cirurgia corretiva. O acompanhamento veterinário frequente é essencial para avaliar a necessidade de intervenção e garantir que o cachorro respire com mais conforto.
4. Cuide dos olhos, que são mais expostos
Os olhos dos braquicefálicos são naturalmente mais saltados, o que os torna vulneráveis a lesões, ressecamento e infecções. Poeira, batidas em móveis e até a própria pata do cão ao se coçar podem causar ferimentos na córnea. É importante fazer a higiene ocular com soro fisiológico, utilizar colírios lubrificantes (se recomendados pelo veterinário) e observar sinais como vermelhidão, secreção ou sensibilidade à luz.
5. Faça a higiene regular das dobras faciais
As dobras de pele presentes no focinho e ao redor dos olhos acumulam umidade, sujeira e restos de alimentos, criando um ambiente ideal para o surgimento de fungos, bactérias e dermatites. O tutor deve limpar as dobras com pano úmido ou gaze com solução antisséptica apropriada (recomendada pelo veterinário) e depois secar bem a área para evitar a proliferação de microrganismos. A frequência da limpeza pode variar de acordo com o grau de oleosidade da pele e o estilo de vida do cão.
6. Evite atividades físicas intensas e prolongadas
Exercícios muito puxados, como correr longas distâncias, subir escadas rapidamente ou brincar de maneira exagerada, podem levar o cão braquicefálico a quadros de falta de ar, cansaço extremo e até colapso respiratório. O ideal é oferecer atividades leves e supervisionadas, respeitando sempre o ritmo do animal. Caminhadas curtas nos horários mais frescos do dia e brincadeiras calmas dentro de casa são mais adequadas para essas raças.
7. Leve ao veterinário com regularidade
Tutores de cães braquicefálicos devem manter uma rotina de consultas veterinárias mais frequente do que a média. Exames de rotina ajudam a detectar precocemente alterações respiratórias, cardíacas, oculares e dermatológicas, permitindo um tratamento mais eficaz. O profissional também poderá orientar sobre cuidados específicos, como o uso de suplementos, exames laboratoriais e possíveis intervenções cirúrgicas necessárias ao longo da vida do animal.