A indústria farmacêutica é um setor que está em crescimento. Só no primeiro trimestre de 2022, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o setor obteve uma receita de quase R$ 19 bilhões, o que representou um crescimento de 14,7% se comparado ao mesmo período do ano anterior. Ainda de acordo com a Abrafarma, até 2023, o Brasil estará entre os cinco maiores mercados da indústria farmacêutica mundial.
Cerca de 39% das vendas de medicamentos se deram por meio de e-commerce e delivery. O meio de vendas via internet decolou com a pandemia, gerando maior especialização e estruturação em torno deste canal, como o aumento e a geração de empregos para realização de entregas e atendimento on-line. O hábito foi instaurado entre os consumidores e, ao que parece, veio para ficar. A modalidade facilita a comparação de preços entre fornecedores sem a necessidade de sair de casa e a realização de compras com poucos cliques. A comodidade também levou ao crescimento na compra de outros produtos além dos medicamentos, como itens de higiene pessoal. Ademais, para alguns pacientes é um serviço de grande importância, para o caso de não poderem sair de casa.
Além da pandemia como causa principal, outro estímulo para essa modalidade de venda foi a lei de flexibilização de venda de medicamentos (RDC 471/2021 Anvisa) que dispõe os critérios sobre prescrição, controle, embalagem, dispensação e a própria embalagem de medicamentos antimicrobianos de uso sob prescrição. Resumidamente, com isso, não é requerido um modelo específico de receita.
Dessa forma, assim como outros setores, a indústria farmacêutica passa pelas mudanças e adaptações do modo de vida do mundo pós-pandêmico e é possível observar um resultado positivo para a economia e para a comodidade do paciente, que possui uma ampla rede de opções para obter seus medicamentos via “express”.