Conjuntura recente do agronegócio brasileiro e expectativas futuras

De modo geral, a produção do agronegócio, em especial a agropecuária, vem registrando crescimento, corroborando para equilíbrio na Balança Comercial e gerando renda

Por Por Jonas Nogueira, Maria Souza Lima Arantes, Jefferson Pereira e Weslem Faria

O ramo agrícola compõe importante parcela do agronegócio brasileiro, setor de grande importância na economia do país. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em 2021, o agronegócio representou 27,6% do PIB nacional, com o valor de R$2,5 trilhões. Desse montante, o ramo agrícola responde por 74,4% ante 25,6% do ramo pecuário. Nesse sentido, a produção agrícola representa boa parcela do que é produzido pelo agronegócio, que abrange a produção de grãos e cereais.

De acordo com o último Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE, referente ao mês de outubro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas prevista para a safra de 2022 apresentou um crescimento de 3,8% quando comparada à de 2021, com a perspectiva de produzir 262,8 milhões de toneladas. A região que lidera o ranking de produção é o Centro-Oeste, com 49,72% do volume produzido, seguida pelo Sul, com 24,74%, Sudeste, com 10,52%, Nordeste, com 9,65% e Norte, com 5,37%.

Ademais, a previsão para produção da safra 2023 de cereais, leguminosas e oleaginosas é de crescimento de acordo com o primeiro LSPA, divulgado no início de novembro do corrente ano. Conforme o Levantamento, a expectativa é de que a produção das commodities cresça aproximadamente 10% no próximo ano, com destaque às produções de soja, para as primeiras safras do milho e feijão, algodão herbáceo e sorgo. Os estados com maiores perspectivas de crescimento são: Rio Grande do Sul (52,5%), Paraná (28,4%), Santa Catarina (15,2%), Mato Grosso do Sul (8,4%), Tocantins (7%), Rondônia (4,1%), Minas Gerais (2,3%) e Goiás (1,6%). Enquanto os de o maior decréscimo, de acordo com LSPA, são: São Paulo (-6,5%), Piauí (-4,8%), Pará (-3,3%), Bahia (-3,3%), Maranhão (-2,4%) e Sergipe (-0,1%).

A alta produção das commodities também reflete na Balança Comercial. Segundo o Ministério da Economia, de janeiro a outubro de 2022, foram exportadas aproximadamente 75 milhões de toneladas de soja e 32 milhões de milho, com valores estimados em US$ 44 bilhões e US$ 9 bilhões, respectivamente. Quando comparados ao mesmo período de 2021, a soja apresentou queda de 7,6% no volume exportado; enquanto o milho teve um aumento robusto de 115,8%.

De modo geral, a produção do agronegócio, em especial a agropecuária, vem registrando crescimento, corroborando para equilíbrio na Balança Comercial e gerando renda. Os dados mostram que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas vem aumentando, tendo apresentado crescimento em 2022 em comparação com 2021. Além disso, a expectativa é de que, em 2023, os resultados da safra sejam ainda maiores do que os registrados em 2022, mesmo com perspectivas de recessão mundial. Esse cenário otimista revela uma expansão do setor, que pode ser lucrativa tanto para os produtores quanto para a economia brasileira como um todo.

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