De volta à ativa?

Por Iris Barquette e Maria Clara Kappaun

Após dois anos do início da pandemia mundial marcada por adversidades sociais e econômicas, a recuperação pode ser observada em determinados setores e estados brasileiros. Segundo a Fundação João Pinheiro, Minas Gerais se destacou nessa retomada e encerrou o ano de 2021 com uma expansão de 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em comparação a 2020. Tal avanço foi superior aos dados nacionais, que apresentaram crescimento de 4,6% para o mesmo período. Um dos setores que impulsionaram a economia do estado foi o da indústria, que representou 30,1% do valor total da estimativa preliminar do PIB do estado no ano passado.

O crescimento da indústria mineira foi de 9,8% em 2021 na comparação com 2020, resultado acima da média nacional (3,9%), segundo a Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo IBGE. O avanço registrado foi o segundo maior do país, ficando atrás somente de Santa Catarina (10,3%). Os destaques foram os ramos dos veículos automotores, reboques e carrocerias, indústria extrativa e metalurgia. O IBGE também registrou crescimento de 5,6% em 2021 frente a 2020 para a produção da indústria de alimentos no estado. Além disso, o ramo ajudou para um aumento das oportunidades empregatícias, ademais, foram criados 7.880 novos postos de trabalho. O resultado representa cerca de 4% a mais do que os atuais 183 mil empregos do setor no estado, segundo a Câmara da Indústria de Alimentos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

Para 2022, de acordo com Mario Sergio Carraro, economista chefe da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), a expectativa para o estado é que a produção do setor industrial fique acima da média nacional novamente. O estado possui uma forte presença dos setores automobilístico e siderúrgico aliada a uma cadeia forte de fornecedores para atender às montadoras de Minas. Deste modo, o setor se mostra “de volta à ativa”, apesar da crise sanitária ocasionada pelo coronavírus.

 

Conjuntura e Mercados

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