A Páscoa é uma data comemorativa muito aguardada pelos brasileiros, não só pela celebração religiosa, mas também pelo consumo de chocolates e, em especial, dos ovos de Páscoa. Com a aproximação do feriado é comum os preços desses produtos aumentarem. Este ano, em particular, os preços atingiram níveis recordes, como não se via há seis anos.
Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mostram que, em janeiro de 2023, a variação acumulada em 12 meses para a barra de chocolate e bombom foi de 13,3%, enquanto o chocolate e o achocolatado em pó apresentaram variação acumulada de 20,4%. Essas taxas superaram a variação do grupo de alimentos e bebidas, que ficou em 11,29%, e do índice geral de preços, que registrou variação de 5,71%. O Rio de Janeiro foi a capital que apresentou o maior aumento nos preços, com uma alta de 20,9%.
Com os preços em alta, os consumidores precisam ser cuidadosos ao comprar chocolates para evitar pagar mais caro do que o desejado. A decisão entre pagar mais caro pelos ovos de chocolate ou optar pelas barras tradicionais pode fazer uma grande diferença no bolso do consumidor. Essa diferença de valores se deve a diversos fatores, como a logística de transporte e armazenamento, já que os ovos derretem facilmente e ocupam mais espaço que as barras tradicionais.
Além disso, as embalagens dos ovos são mais robustas e maiores, o que eleva ainda mais os custos. Outro fator que influencia no preço é o aumento do custo de mão de obra, uma vez que a produção em massa para atender a essa demanda festiva gera anualmente um aumento nos postos de trabalho de produção e vendas dos ovos.
Apesar dos preços elevados, a Páscoa é uma data importante para a economia brasileira. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), em 2023, a data sazonal gerou um total de 7,9 mil empregos no país. A movimentação para suprir a demanda começa meses antes do próprio feriado, fazendo com que a Páscoa seja uma data importante não apenas para os consumidores, mas também para a indústria do chocolate e para a economia do Brasil como um todo.