E-commerce: da ascensão atual ao futuro

Por Iris Barquette e Rodrigo Dutra

Com a pandemia do coronavírus, a economia brasileira sofreu um grande golpe em 2020, marcada por uma contração de 4,1% no Produto Interno Bruto (PIB) do país após três anos consecutivos de alta. Muitos setores da economia sentiram esse impacto, como os shoppings centers que, segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), tiveram um faturamento 33% menor em 2020 em comparação ao ano de 2019. Por outro lado, um setor em especial se beneficiou desse cenário pandêmico e decolou em 2020, o e-commerce.

A limitação imposta aos comerciantes em vendas presenciais como medida para diminuir a propagação do vírus, levou ao fechamento de estabelecimentos em 2020. Contudo, também representou um período de adaptações a um novo cenário imposto pela pandemia, na qual aqueles indivíduos que demandavam algum produto em específico acabaram optando por realizar suas compras pelo site de uma determinada loja, ou seja, se encontraram em uma migração forçada para o mercado digital. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o crescimento nas vendas on-line foi de 68% em 2020. Outro dado surpreendente foi a taxa de participação do e-commerce no faturamento total do varejo, que dobrou, passando de 5% em dezembro de 2019 para mais de 10% em alguns meses de 2020 – chegando a atingir 14,4% em novembro.

Para 2021, os ganhos no comércio eletrônico permanecem em ascensão. Já no primeiro semestre, as vendas no e-commerce atingiram novos recordes, R$ 53,4 bilhões de reais, aumentando 31% em relação ao primeiro semestre de 2020, segundo dados da Ebit Nielsen, especializada em mensuração e análise do comércio eletrônico no país. Segundo a NeoTrust, a expressividade do setor foi alavancada pelas promoções de início do ano e pela Semana do Consumidor, somadas às novas limitações impostas pela segunda onda da pandemia. A facilidade nas compras e a disponibilidade de comparações de preços, bens e serviços também são atrativos às vendas on-line. Além disso, a ascensão dos meios de pagamentos digitais favorece a atuação do comércio eletrônico.

O e-commerce se mostrou um forte aliado ao dinamismo econômico. O seu uso e crescimento são mudanças que impactarão a economia futura. O uso da internet é uma forma de criar um contato mais íntimo com os clientes e de estimular a confiança e o retorno por parte deles. Ademais, o e-commerce ligado ao uso de canais de forte interação com os compradores, como redes sociais, facilita a ascensão e o maior conhecimento do bem ou serviço ofertado, o que atrai a busca por eles.

Conjuntura e Mercados

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