Reserva de Emergência: não parece necessária, até ser!

Por Kamilla Menezes e Rhawan Neves

Muito se fala em reserva de emergência durante o início da vida de investimentos de uma pessoa. Este primeiro passo, extremamente recomendado, é composto por uma quantia de dinheiro que garanta que as despesas mensais vão ser pagas por pelo menos os próximos seis meses, mesmo que a renda familiar zere durante esse período. Há quem negligencie esse passo por achar que o momento para usar esse montante nunca chega e que trata-se de um excesso de conservadorismo. Nunca chega, mas chegou em 2020!

Em meio à atual crise, no mês de fevereiro o nível de desemprego, que vinha caindo desde dezembro, voltou a crescer, indo de 11,2% para 11,6%. Segundo estudos do Sebrae, nove milhões de pessoas já foram demitidas de seus empregos por conta dos efeitos do coronavírus na economia brasileira. Neste cenário caótico, quem fez sua reserva de emergência vive mais tranquilo.

Muitas pessoas perderam parte de sua renda do trabalho em algumas semanas. E muitas, que não achavam necessário guardar dinheiro em reservas de curto prazo, também viram suas aplicações em renda variável despencarem cerca de 30%. Foi então que muitos se depararam com a falta que um planejamento financeiro de curto, médio e longo prazo faz. É muito comum encontrar famílias que comprometem boa parte de seu orçamento com financiamento imobiliário e automotivo, além de terem grandes despesas como a escola dos filhos e plano de saúde, sem pensar primeiro na estabilidade de seu orçamento familiar.

Para que essas despesas não virem uma dor de cabeça maior ainda em momentos de crise, o primeiro aprendizado que as famílias deveriam ter é a constituição da reserva de emergência, que é aquele dinheiro em que a pessoa pode acessar a qualquer momento. Uma ótima opção para investir esse recurso é o Tesouro Selic, aplicação na qual o dinheiro rende aproximadamente 3,65% a.a. atualmente e tem liquidez praticamente imediata. É recomendável que, antes de se preocupar com os investimentos de longo prazo, esta forma de segurança financeira seja bem estruturada para que o investidor não tenha que se preocupar em alterar seus aportes para a aposentadoria em um momento de incertezas no presente.

Por outro lado, outra coisa que poucos entendem e gera muita aflição durante as crises, é que os investimentos de longo prazo servem para dar um maior conforto financeiro na aposentadoria, mais adiante na vida. Portanto, suas oscilações no curto prazo não deveriam ser motivo de preocupação (a menos que seja preciso resgatá-las por falta de um reserva de curto prazo líquida).

Um dos investimentos que podem se encaixar nesse objetivo é a previdência privada, devido à sua tributação, que após 10 anos de investimento pode chegar a apenas 10%. Porém, não é qualquer previdência que é indicada, pois existem muitos fundos que rendem menos do que a poupança inclusive. Por isso é importante que se busquem especialistas em investimentos que possam auxiliar a encontrar as opções de investimento mais adequadas à cada necessidade e que tragam um retorno satisfatório tanto no curto quanto no longo prazo. O custo dessa assessoria? Zero. Só demanda vontade. E não poderia haver melhor momento para começar. Bora?

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