Black Friday: compensa mesmo esperar para comprar?

Por Iris Barquette

A Black Friday se firmou no calendário comercial do Brasil como uma das datas mais importantes quando o assunto é o volume de dinheiro que circula durante a liquidação, afinal, a última sexta-feira de novembro agora é muito aguardada pelos consumidores que querem aproveitar os famosos descontos. Esse evento, conhecido por ser uma época do fim do ano com intensas liquidações nos produtos de lojas virtuais e físicas, estima o faturamento acima de R$ 3 bilhões neste ano, com aumento de 18% nas vendas on-line em relação ao ano de 2018, de acordo com levantamentos realizados pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e pela consultoria Ebit/Nielsen. Além disso, um levantamento da Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil apontou que 43% das lojas que vão participar da data estimam que terão vendas melhores do que as do ano passado.

Contudo, o que pode ser vantajoso aos comerciantes, acaba não sendo tanto aos consumidores, já que os descontos oferecidos, por outro lado, não estão com a expectativa de serem tão vantajosos quanto os consumidores esperam. A pesquisa mostra que, em média, os preços estarão 24% menores na Black Friday, índice que em 2018 era de 29%. Aos consumidores, cuidado. Nem sempre todo o preço apresentado é realmente um desconto efetivo. Se antes algumas lojas se sentiam pressionadas a entrar na onda das promoções, hoje as que não participam reduzindo seus preços de forma considerável, ou pelo menos realizando a propaganda como tal, acabam perdendo boas oportunidades de venda.

Consequentemente, os consumidores também ficam mais exigentes nesse processo, fiscalizando situações enganosas ou pouco vantajosas. Do lado da oferta, com a leve retomada da economia, os lojistas estão um pouco mais otimistas e não estão prevendo a necessidade de descontos muito altos para atrair o consumidor. Portanto, os consumidores devem prestar atenção nas empresas que fazem promoções falsas. Um exemplo seria o aumento dos preços algumas semanas antes da Black Friday e a diminuição próximo a data. É preciso calma e atenção para não entrar “de cabeça” em “Black Fraudes”.

Conjuntura e Mercados

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