Integração e cooperação para o desenvolvimento da Mata mineira

Por Tribuna

Por Fernando Perobelli, Joyce Guimarães, Gabriel Barbosa, Leandro Venâncio, Ramon Goulart e João Pio

Atualmente, muito é discutido sobre o desenvolvimento regional, tanto nas esferas públicas quanto privadas. Nesse sentido, grande parte do discurso gira em torno da tomada de decisão entre crescimento isolado ou conjunto entre os municípios de uma determinada região. A região da Zona da Mata Mineira tem enfrentado esse dilema, uma vez que é possível observar que entre suas cidades não ocorre um crescimento econômico conjunto.

Segundo o Indicador de Atividade Econômica Municipal (Iaem), o mais comum a se observar é a economia de Juiz de Fora como única da Zona da Mata Mineira a apresentar elevado nível de atividade econômica em Minas Gerais. A princípio, este fato pode não parecer preocupante, no entanto, isso não é o desejado quando se tem por objetivo o fortalecimento econômico da região como um todo. A interação entre instituições que atuam na esfera municipal é importante para que ocorra essa conexão, e no caso da Zona da Mata, pode-se incluir também relações com os estados limítrofes (Rio de Janeiro e Espírito Santo).

A Zona da Mata pode ser considerada uma região bem localizada e com diversas instituições de ensino superior em seu território e em suas proximidades (UFJF, UFOP, UFMG, UFF, UFV, UERJ, UFRJ, dentre outras). Além de contar com Viçosa, que é o município com a maior capacidade inovadora do estado, segundo o Indicador de Capacidade de Inovação para os municípios mineiros (INOVA), desenvolvido pelo projeto de extensão da Faculdade de Economia, Conjuntura e Mercados Consultoria, no âmbito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). No entanto, o fenômeno da fuga de cérebros ainda é muito recorrente nos municípios que formam essa mão de obra qualificada, e visto isso, estimular o desenvolvimento e fixação de novas start-ups e empresas na região é essencial para a concentração de investimentos e desenvolvimento local.

Com esse objetivo torna-se necessário a utilização de políticas públicas que visem a melhoria da infraestrutura na região, incentivando assim o desenvolvimento da mesma. Tais medidas, devem consolidar e diversificar a base produtiva regional, estreitar as relações entre sociedade civil e governo, além de pensar de forma a otimizar a alocação dos recursos destinados à região, visando o desenvolvimento do grupo e não de municípios isolados. Cabe destacar que é de suma importância a cooperação entre as unidades administrativas, além de que pensar a Zona da Mata como “Zona” da Mata, e não como municípios isolados, essencial para esse processo de desenvolvimento.

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