Investidores confiantes: se aproxima a recuperação?

Por Kamilla Menezes, Victor Chiaratti e Rhawan Neves

A pandemia que assolou a população mundial está, aparentemente, começando a ser controlada. Indícios do fim podem ser detectados pela reação positiva das bolsas de valores ao redor do mundo. Com o Brasil, não poderia ser diferente. Após a queda de 45,47% da Ibovespa, entre fevereiro e maio, um paraquedas foi lançado e o que se observa é um aumento de 53,67% no início de junho quando comparado ao valor mais baixo registrado durante a COVID-19. Em pontos, a bolsa brasileira atingiu 97.644,67 na segunda-feira da última semana (08), segundo o site da B3.

A forte subida da Bolsa demonstra o otimismo dos investidores com a retomada da economia, tendo em vista que a maioria dos países do hemisfério norte já tiveram o seu pico da doença e começaram a voltar, cautelosamente, com os serviços em geral. Esse movimento também chega ao Brasil, com a reabertura parcial do comércio não essencial em algumas cidades.

Não há como negar a melhora dos números no mercado brasileiro, mas também é importante ressaltar que o Ibovespa, índice que congrega as empresas com maior volume de negociações e maior valor de mercado da B3, ainda está em queda em relação ao início do ano. De janeiro até segunda semana de junho, o índice ainda registra queda de -21,74%.

É importante também ressaltar que, no agregado, as projeções para o PIB brasileiro não são as melhores. É prevista uma retração de 7,4% neste ano, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Caso ocorra uma segunda onda de contaminação, essa queda pode ser ainda maior, chegando a -9,1%. No âmbito mundial, a queda deve ser de 6% caso a pandemia seja controlada.

Por isso, apesar do mercado aquecido e em seguidas altas, é preciso cautela. Para aproveitar o momento, é essencial que o investidor tenha uma carteira bem diversificada, investindo em empresas de vários setores para que o declínio de um deles não impacte com muita força seu patrimônio. Além disso, é sempre importante lembrarmos que as crises não duram para sempre e que, no longo prazo, esses momentos são apenas lembranças para o investidor paciente. Proteger o patrimônio, necessário para sobreviver ao curto prazo, investindo em renda fixa, também é primordial para que, independente do cenário, seu poder de compra prevaleça.

Para o longo prazo, busque empresas que se fortaleceram durante a crise, lançando estratégias criativas, com baixo endividamento e forte geração de caixa. À medida que a economia se recupera e as empresas se adaptam ao novo cenário, o mercado tende a buscar novamente o equilíbrio. O investidor que souber manter a calma nas águas turbulentas é o mesmo que irá se beneficiar da calmaria que virá no futuro.

Conjuntura e Mercados

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