Serviços financeiros na ponta dos dedos

Por Rhawan Neves, Kamilla Menezes, Rafael Teixeira e Victor Chiaratti

As inovações tecnológicas permitem que qualquer pessoa com um celular, que acesse a internet, tenha uma conta digital em banco e em corretora de valores. E esse é o primeiro passo para que alguém consiga investir. As possibilidades abrangem desde transferências e pagamentos, como feito em bancos tradicionais, até aplicações financeiras. Com cada vez mais facilitações, acessar investimentos que vão além do comum tem ficado cada vez mais simples. Hoje em dia qualquer investidor pode comprar títulos do Tesouro Direto, com rentabilidade e liquidez diária e rendimentos mais altos que a poupança com apenas alguns cliques, pelo próprio site do Tesouro a um preço de pouco mais de trinta reais. No mês de maio, o número de pessoas que investiram algum valor neste tipo de aplicação foi de 28.075, totalizando 1.275.419. Destes, 65% foram aportes inferiores a R$ 1.000,00.

Não só essa, mas muitas outras inovações estão ocorrendo no mercado financeiro. As fintechs, startups de tecnologia voltadas ao mercado financeiro, são um exemplo: já são 30 dessas empresas registradas e autorizadas pelo Banco Central (BC). Dentre as fintechs, somente o banco Inter, banco totalmente digital e sem nenhuma agência física, já conta com mais de 4,9 milhões de usuários – número que cresceu 155% no período de um ano. Hoje em dia não só é possível abrir uma conta sem sair de casa, usando apenas o celular, como também fazer transferências (TEDs) gratuitas por vários bancos e fintechs, acessar uma corretora e até mesmo investir na Bolsa de Valores utilizando o Home Broker (sistema digital da B3 para a compra de ativos, que pode ser utilizado em qualquer lugar do globo e por qualquer pessoa que compre ou venda ativos na B3), tudo por meio de aplicativos, em alguns casos sem nenhum custo. Do final de 2018 até o dia 30 de junho deste ano, o número de CPFs cadastrados na B3, bolsa de valores brasileira, subiu de pouco mais de 700 mil para 2,6 milhões de investidores, com 1,1% de pessoas jurídicas e 98,9% de pessoas físicas, sendo 74,7% homens e 24,2% mulheres.

Com toda autonomia que o indivíduo tem hoje graças a essas facilidades, mesmo podendo fazer tudo praticamente sozinho, os investidores ainda podem contar com o acesso muito mais simples a assessores de investimento, que podem prestar consultorias e tirar dúvidas através de aplicativos de mensagem, videochamadas, etc.
Segundo dados de um estudo da MindMiners, intitulado como Brasileiro e o Dinheiro, no ano de 2017, 25% das pessoas utilizavam as chamadas fintechs. Em 2019, este número passou para 55%, mais que dobrando em 2 anos. Na era digital, as inovações tendem a permanecer na sociedade e a sempre evoluírem, visando facilitar a vida do usuário. As corretoras digitais, por exemplo, estão permitindo uma maior interação do usuário, que tinha medo da renda variável, com este tipo de investimento, mais arriscado, diminuindo o valor cobrado, chegando a zerar, em alguns casos, o preço da corretagem, para poder comprar uma ação, e fornecendo ajuda especializada, com corretores certificados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) aos que necessitam ou solicitam tal ajuda. Como se vê, nem tudo é prejuízo nos tempos de vida digital.

 

Conjuntura e Mercados

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