Conectividade, onde o Brasil ainda é investment grade

Por Conjuntura e Mercados Consultoria Jr

Novidade há 20 anos, a internet é hoje o principal meio de comunicação da maioria da população. Ficar conectado 24 horas, em praticamente qualquer lugar, é uma necessidade e, graças à revolução tecnológica, dispositivos móveis, como celulares, tablets e notebooks, são nossos companheiros nessa rotina. A disponibilidade do acesso móvel à rede se dá por empresas do setor de telecomunicações, destacando-se no Brasil a Oi Móvel,Americel S.A (Claro S.A), Telefônica Brasil S.A (Vivo) e a Tim Celular S.A.

Ao contrário do restante da economia brasileira, o setor de telecomunicações não vem apresentando sinais de cansaço. Só no último ano, investiu por aqui cerca de R$ 30 bilhões. Segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT), já somos o quarto maior mercado em serviço de telecomunicações do mundo, o quinto maior em número de assinantes de celular e não pretendemos parar por aí. Os mais novos serviços e aplicativos criados, entretanto, precisam de mais do que acesso à rede. É preciso uma conexão rápida e estável. Pensando nisso, as operadoras investiram mais de R$8,5 bilhões só em licenças na faixa dos 2,5GHz e 700MHz para oferecerem, desde 2013, a rede de quarta geração, 4G.

A tecnologia 4G proporciona, na prática, conexões até 800 vezes mais rápidas que as antigas redes 2G, ainda muito usadas. Há uma rede intermediária, a 3G, desde o ano passado a rede com mais assinantes. A penetração de grande parte dos usuários nessa rede deve-se ao barateamento dos smartphones, mercado que cresceu 55% no ano passado, atingindo 55 milhões de unidades. Isso equivale a um ritmo de compras de 104 dispositivos por minuto. No começo eram apenas quatro cidades atendidas pela rede 4G. Hoje os números se aproximam de 150 municípios, uma cobertura de 41,8% da população nacional. Mas o processo de migração tecnológica ainda está só no começo. Apenas 2,75% das linhas celulares possuem acesso à nova rede. A baixa adesão se deve aos preços dos aparelhos compatíveis, que não saem por menos de R$500, e dos planos, que precisam ser pós-pagos e com maior franquia de dados, por isso também mais caros. Atualmente, apenas 31,8% das linhas de celular estão atreladas a planos pós-pagos.

Um estudo feito pelo Boston Consulting Group (BCG) em seis países (EUA, Alemanha, Coreia do Sul, Brasil, Índia e China) mostrou que o Brasil está em último lugar na lista analisada, com um ‘PIB móvel’ de US$ 45 bilhões em 2014, ou 1,7% do PIB. Enquanto isso, nos EUA, o resultado chega a US$ 548 bilhões, ou 3,2% do PIB. Com o 4G chegando e a promessa de conexões cem vezes mais rápidas com o 5G já em 2020, as companhias telefônicas passarão a oferecer mais pacotes de dados do que de voz. E o Brasil, nesse caso, ainda tem muito a oferecer como mercado potencial.

Por: Matheus Dilon, Pedro Correa e Yasmim Guimarães

Email para: [email protected]

Tribuna

Tribuna

A Tribuna de Minas não se responsabiliza por este conteúdo e pelas informações sobre os produtos/serviços promovidos nesta publicação.

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade pelo seu conteúdo é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.



Leia também