Empresários da indústria brasileira estão otimistas com os resultados positivos do mês de junho, de acordo com o Índice de Confiança da Indústria (ICI). Após um período de pessimismo em maio (92,9), em comparação com abril (94,5), o mês de junho trouxe boas notícias na Sondagem do IBRE da FGV, elevando o índice de confiança para 94 pontos. Além disso, houve aumento da confiança em 13 dos 19 segmentos analisados.
Stéfano Pacini, economista do IBRE da FGV, destacou a redução do pessimismo entre os empresários: “O resultado de junho da sondagem mostra redução do pessimismo por parte dos empresários. A melhora nos índices foi influenciada não apenas pela ligeira melhora da situação atual, mas também pelas perspectivas menos negativas em relação aos próximos meses.” A alta taxa básica de juros tem se tornado uma grande preocupação para os empresários, devido aos seus elevados níveis no contexto brasileiro. Essa situação tem gerado incertezas em relação aos investimentos realizados e, em alguns casos, até mesmo desmotivação entre os empresários.
A pesquisa Sondagem da Indústria constatou que 13 dos 19 segmentos industriais analisados apresentaram um aumento na confiança em junho. Esses resultados refletem as melhorias tanto na avaliação da situação atual quanto nas expectativas futuras. O Índice Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE) registraram avanços de 0,6 e 1,6 ponto, atingindo 92,4 e 95,6 pontos, respectivamente. No entanto, o indicador de nível de estoques apresentou uma piora, com um aumento de 3,6 pontos, atingindo 110,2 pontos, o valor mais alto desde junho de 2020. Quando esse indicador ultrapassa os 100 pontos, indica que a indústria está operando com estoques excessivos.
Os resultados do Índice de Confiança da Indústria (ICI) revelam um cenário mais otimista entre os empresários brasileiros no mês de junho. Após um período de pessimismo em maio, houve uma melhora tanto na avaliação da situação atual quanto nas expectativas futuras. O aumento da confiança em 13 dos 19 segmentos analisados reflete a percepção positiva em relação ao nível de demanda e a uma ligeira melhora no Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria. Apesar das preocupações com a alta taxa básica de juros e o aumento dos estoques, as perspectivas futuras indicam menos pessimismo por parte dos empresários, especialmente em relação a produção e emprego previsto. Esses resultados sugerem um ambiente mais favorável para os negócios e podem impulsionar a recuperação econômica do setor industrial no Brasil.
Por Angélica Raminelly, Italo Bellozi, Moisés Rocha e Weslem Faria