Os comerciantes mineiros estão otimistas para a Páscoa? Uma análise da expectativa do comércio varejista

Por Por Angélica Raminelly, Ítalo Bellozi, Moisés Rocha e Weslem Faria

A Páscoa não movimenta apenas as vendas de chocolates no setor do comércio varejista, mas também de diversos outros produtos que têm seus consumos impactados por essa data comemorativa, como frutos do mar e artigos religiosos. Segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG), esse período afeta 56,5% das empresas do setor de comércio alimentício em Minas Gerais. Além disso, 48,7% dos comerciantes da Zona da Mata mineira afirmam que esse feriado afeta de maneira positiva suas vendas e, consequentemente, seu faturamento.

Dentre os empresários mineiros, 38,4% acreditam que as vendas neste ano serão melhores do que em 2022. Os principais motivos para essa percepção são o otimismo e o abrandamento da pandemia. Entretanto, 23,1% dos empresários do setor pensam o contrário, pois acreditam que a mudança de Governo e o endividamento do consumidor irão atrapalhar o comércio na Páscoa de 2023. Mesmo com esse cenário otimista, 93,1% das lojas não contrataram ou pretendem contratar funcionários temporários para o período da Páscoa.

O produto mais vendido de acordo com a pesquisa não é o ovo de Páscoa, mas sim as caixas de bombom, que representam 31,6% das vendas no período. Em seguida, temos o ovo de Páscoa, barras de chocolate e peixes, representando 23%, 13,2% e 13,2% das vendas, respectivamente. As empresas que trabalham com enfoque na Páscoa tentam desenvolver ações de marketing para alcançar bons resultados. Cerca de 28,7% buscam fazer promoções e liquidações, enquanto 8,8% preferem investir em propagandas. No entanto, 36,1% das lojas optam por não adotar qualquer ação para impulsionar suas vendas.

A pesquisa elaborada pela Fecomércio MG revelou ainda que a expectativa do mercado para a Páscoa deste ano está ligeiramente menor do que no ano passado, com uma redução de 4,7 pontos percentuais. Entre as empresas com influência na data, 38,4% esperam vendas melhores este ano, enquanto 23,1% não esperam resultados melhores. Os comerciantes estão mais confiantes em relação ao ano passado, com um aumento de 28 pontos percentuais em suas expectativas para o período da Páscoa. Em relação aos gastos médios, cerca de 47,7% dos lojistas acreditam que o consumo médio na Páscoa deste ano será entre R$ 30 e R$ 70. A forma de pagamento mais esperada é o crédito à vista, seguido pelo débito e pelo PIX.

A expectativa para o faturamento segue o movimento esperado das vendas. O receio do setor de comércio para a Páscoa é normal diante do cenário econômico do Brasil. As vendas na maioria dos segmentos de comércio estão estacionárias, uma vez que os produtos estão caros, a inflação média está alta, assim como a taxa básica de juros. Outro importante fator é o lento crescimento da renda do trabalho. Problemas que o país não supera desde meados da pandemia.

 

Conjuntura e Mercados

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