O que é preciso, Juiz de Fora?
Esta é a pergunta. Sem rodear. O que é preciso para que o esporte seja minimamente valorizado, Juiz de Fora? Não encontro uma resposta desde a desistência do JF Vôlei à disputa da Superliga. Até hoje, com o rebaixamento à terceira divisão do país sacramentado e pouco comentado na cidade perto do quanto deveria, pela seriedade do significado da notícia. Não entendo. De verdade.
Em 11 meses, o JF Vôlei saiu de seu maior resultado esportivo, – conquistado longe do torcedor, afinal não houve sequer um ginásio para o time jogar como mandante naquela Superliga B, tendo que se deslocar sempre para Contagem -, à declaração de que um rebaixamento para a Superliga C não seria o fim do mundo justamente pela falta de expectativas de que a equipe tenha apoio para estar entre as melhores do país novamente.
O time pode ser campeão invicto da Superliga B masculina com receita limitada; pode jogar o Campeonato Mineiro e um Campeonato Brasileiro de futebol no mesmo ano. Pode ter uma gestão nebulosa ou a mais transparente possível. Projeto de base ou não. Sempre existe uma desculpa.
Mas é graças ao esporte e projetos da cidade que milhares de meninas e meninos ganham educação. Saem das ruas. Deixam as drogas. É com a ajuda do esporte que eles aprendem a verdadeira importância do respeito ao próximo, ao adversário. A disciplina. O mais importante: com o esporte se investe em saúde, bem-estar. Há geração de empregos. Competições giram a economia da cidade.
Mas por que não há um debate sobre o que acontece com o esporte de Juiz de Fora? Ou melhor: o que não acontece? É simplesmente uma falta de interesse? Seria ausência de união? Esse papo raso de que “há outras prioridades” realmente cola? Isso é pra mim, pra você, aos órgãos públicos, empresários e agremiações. É pra todos, porque beneficia a cada um.