Turismo e oportunidades para o Projeto Rio-Minas
O trajeto abriga um dos maiores trechos de turismo ferroviário do Brasil, com extensão de 168 km, e o objetivo do projeto é impulsionar o desenvolvimento territorial
Segundo a Organização Mundial de Turismo e das Nações Unidas, o turismo compreende “atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e permanência em lugares distintos dos que vivem, por um período de tempo inferior a um ano consecutivo, com fins de lazer, negócios e outros”.
Atualmente, quando se pensa em turismo nas regiões do Rio de Janeiro e Minas Gerais, vem à lembrança o Trem Turístico Rio-Minas, que, como o próprio nome diz, faz o trajeto que liga um estado ao outro, percorrendo oito cidades ao longo de seu trajeto: Cataguases, Leopoldina, Recreio, Volta Grande, Além Paraíba, Sapucaia, Chiador e Três Rios.
O trajeto abriga um dos maiores trechos de turismo ferroviário do Brasil, com extensão de 168 km – para se ter ideia, seus principais concorrentes variam entre 12 km e 70 km, aproximadamente. Inicialmente, as viagens serão feitas às sextas, sábados e domingos e em feriados nacionais.
A microrregião concentra uma série de atrativos, mas faltam planejamento e organização das lideranças e, principalmente, dos atores pertencentes à cadeia produtiva ligada diretamente ao turismo. Com o intuito de promover alternativas ao atual cenário, os municípios estão unindo forças para impulsionar a visitação na microrregião, como forma de impulsionar o desenvolvimento territorial.
Um ponto importante será a atuação em conjunto do projeto turístico Rio-Minas com as cidades integrantes do percurso e suas diversas atrações.
Será importante entender as características do turista que vai viajar de trem pela microrregião, a fim de proporcionar a ele maior conforto e alternativas de lazer.
Os trens poderão transportar até 850 passageiros por dia, nos dois sentidos da ferrovia. As composições partirão simultaneamente de Cataguases (MG) e Três Rios (RJ). Os turistas poderão fazer o trajeto completo de ida e volta ou retornar para a origem trocando de trem na metade do caminho.
Segundo Paulo Henrique Nascimento, que está à frente do projeto, a previsão é que a iniciativa contribua com a geração de cerca de 500 empregos diretos e indiretos, além de manter preservado o patrimônio histórico da região. A ação dos parceiros será a maior contribuição para a preparação e profissionalização das atividades turísticas junto às cidades envolvidas diretamente no projeto. São mais de 52 atividades que podem contribuir para a geração de renda e emprego.
A tarefa dos parceiros será propor ações de mobilização, organização, preparação e capacitação técnica e gerencial dos empreendedores para sensibilização dos diversos segmentos junto às cidades.
Os turistas que já visitam a região em busca de atrativos naturais e históricos poderão apreciar as belas paisagens e realizar viagens temáticas e atividades culturais ao longo das estações.
Embora seja rico em atrativos turísticos e destinos diversos e receba visitantes do mundo inteiro, é bem sabido que o Brasil ainda tem muito a aperfeiçoar no seu sistema de recepção turística. Trata-se menos de uma deficiência e mais de um potencial inexplorado.
O projeto Trem turístico Rio-Minas é coordenado pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) – Amigos do Trem e conta com o apoio das prefeituras e empresas da região, além da concessionária da ferrovia Centro Atlântica e dos órgãos do governo federal ligados ao transporte ferroviário.