Lighting design
O projeto de arquitetura de interior requer detalhes que podem passar despercebidos para alguns. No entanto, o desenho de iluminação – ou lighting design-, mesmo não sendo tão evidente, pode fazer toda a diferença no espaço.
Seja ela natural ou artificial, a iluminação é um dos elementos mais importantes na arquitetura de interior, impactando diretamente na percepção dos espaços, em um jogo de luz e sombra que revela e camufla, destacando texturas, definindo volumes e enfatizando cores. É através dela que se percebe a relação entre dimensão, proporção e contraste.
A iluminação é capaz de harmonizar a disposição dos objetos nos cômodos, tornar o ambiente mais funcional e ainda ser inteligente o bastante para economizar energia elétrica.
Projeto luminotécnico
A partir do projeto luminotécnico, a arquitetura tem como um de seus desafios destacar espaços a partir da luz e da sombra, partindo sempre de uma fonte de luz natural, para agregar outras fontes de luz, no caso, artificiais. Em muitos ambientes, como lavabos, por exemplo, a luz artificial pode ser o abastecimento exclusivo de luz do local.
Tais estratégias de iluminação artificial estão relacionadas tanto a necessidades vindas da funcionalidade do projeto quanto às diretrizes e conceitos definidos entre o arquiteto e o cliente.
A arquitetura, desde os primórdios, também lida com o desafio de criar elementos capazes de captar, refletir, diluir e emitir luz, modelando o espaço e os objetos contidos nele, seja pela incisão da luz natural ou pelas estruturas artificiais que são planejadas para se atingir o objetivo adequado a cada cômodo, ora proporcionando maior luminosidade, ora regulando a intensidade a fim de trazer mais aconchego. Uma complementa a outra e ambas são essenciais em qualquer projeto.
Nada é feito ao acaso: o arquiteto estuda de onde vem a luz natural, a posição do sol no verão e no inverno, e como ela reflete dentro do ambiente. Quanto mais a luz natural for aproveitada, melhor será a impressão visual criada. Somente depois define a localização dos móveis e os pontos certos de iluminação artificial, proporcionando conforto e claridade suficientes.
Tons da lâmpada
É importante salientar que cada tom da lâmpada pode transmitir um impacto visual e também interferir na nossa saúde e bem-estar (como energia, concentração, sonolência, por exemplo). Existem basicamente três principais tons de lâmpada:
Iluminação quente – tom amarelado, entre 2700 e 3500 Kelvin
Iluminação neutra – tom branco, entre 4000 e 6000 Kelvin
Iluminação fria – tom azulado, entre 6000 e 7000 Kelvin
Na hora de comprar os spots, leds e outros produtos disponíveis no mercado é importante estar atento às especificações da embalagem, a fim de garantir o efeito desejado.
As lâmpadas de intensidade fraca devem ser utilizadas em ambientes mais intimistas. A iluminação leve proporciona calma, descanso e sonolência, sendo ideais para quartos e salas de TV. As lâmpadas de intensidade clara e forte emitem uma luz mais aberta que transmite alegria, energia e alerta. Esta é uma boa indicação para escritórios, home office, salas de aula e cozinhas.
A iluminação pode tanto valorizar, focar, realçar, como criar um clima intimista, aconchegante e imponente. No entanto ela também pode promover a sensação de que você está em um ambiente frio, nada aconchegante, ou em um lugar muito escuro, onde mal pode se ver a poeira nos cantos. O desenho de iluminação – lighting design – é a cereja do bolo de todo projeto de arquitetura de interior.