Após reforma, Ceresp terá mais de 500 vagas em 2023
Aumento será superior a 50% da capacidade antiga, que oficialmente era de 332 presos, apesar das históricas superlotações
Após a conclusão das obras de melhoria e ampliação, o Centro de Remanejamento Provisório (Ceresp) de Juiz de Fora, situado no Bairro Linhares, Zona Leste, passará a contar com mais de 500 vagas. O aumento será superior a 50% da capacidade antiga, que oficialmente era de 332 detentos, apesar das históricas superlotações na unidade prisional. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o Ceresp continuará recebendo apenas homens. A previsão de conclusão das obras é 2023, mas ainda não há data definida.
“A unidade passará de 332 vagas para mais de 500, porém o número exato ainda está em avaliação. Não há previsão de vagas para mulheres no Ceresp de Juiz de Fora, visto que há um anexo exclusivo para receber o público feminino na Penitenciária de Juiz de Fora I – José Edson Cavalieri (Pjec)”, informou a Sejusp, por meio de nota.
O centro prisional foi desativado para reforma este ano por causa de danos estruturais pontuais provenientes de abatimento de terra, na parte lateral e externa do Ceresp, próximo a um muro de divisa, conforme relatório da Defesa Civil. Neste muro, haviam sido constatadas pequenas fissuras, sem risco estrutural para a edificação. O local foi totalmente desocupado entre os dias 31 de março e 1º de abril, quando os cerca de 800 presos que estavam custodiados no espaço foram transferidos provisoriamente para outras penitenciárias e centros de remanejamento da região.
“Por segurança, todos os presos da unidade prisional foram distribuídos na 4ª Risp e outras Regiões de Segurança Pública (de Minas). As visitas nas unidades do estado já retornaram para a modalidade presencial. Em casos pontuais, de necessidade, essas também podem ocorrer de forma virtual”, disse a Sejusp, sem detalhar como os familiares dos detentos estão lidando com os deslocamentos.
Reforma do telhado
Ainda de acordo com a Sejusp, após contrato com uma empresa especializada para o estudo do solo e da estrutura do prédio do Ceresp, a fim de determinar a causa de fissuras nas paredes, a ordem de início da obra foi emitida no dia 19 de julho. “A unidade será reformada integralmente: rede de esgoto, rede elétrica, celas, camas reconstruídas e telhado reformado. No momento, estão sendo finalizados os serviços de demolição. O telhado também está sendo reformado para que seja concluído antes do início das chuvas.”
Na época da vistoria, a Defesa Civil não chegou a orientar a desativação total da unidade prisional, mas o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) optou pela desocupação integral provisória do Ceresp para resguardar a integridade física de servidores e detentos da unidade.